O governo aposta nas manifestações do 7 de setembro como uma forma de demonstração de força. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem incentivado a participação de apoiadores até como forma de provar que ainda tem poder de mobilização. O presidente inclusive tem criticado quem sinaliza a intenção de proibir os atos populares. “Espero que não queiram tomar medidas para conter esse movimento. A liberdade de se manifestar, vetado o anonimato, está garantida em nossa Constituição, não depende de regulamentação”, argumenta o presidente. Entre os grupos que defendem as manifestações de 7 de setembro, muitos defendem o impeachment de todos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e há quem fale inclusive em bloqueios e paralisações pelo país.
Aqui dentro do governo o discurso é de que os protestos são populares e que o presidente não está organizando, apenas pretende participar de atos aqui em Brasília e em São Paulo, na Avenida Paulista. O filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro, defende a necessidade de uma reação popular. “Antes de qualquer pauta de reforma, de economia ou seja lá o que for, eu acho que a pauta da liberdade tem que vir antes. A gente não pode se acostumar em tempos em que líderes partidários, deputados federais, jornalistas ou até manifestantes são presos e, por outro lado, André do Rap é solto. É difícil explicar isso para a sociedade”, diz o parlamentar. Na terça-feira (31), o presidente estará em Uberlândia. No fim de semana, em Pernambuco. Ele tem convidado lideranças para participar dos protestos do dia 07 e tem desafiado políticos e autoridades a subirem em carros de som para conversar com a população.
Utilize o formulário abaixo para comentar.