O Conselho de Administração da Petrobras elegeu nesta quinta-feira, 14, o engenheiro químico industrial José Mauro Coelho como novo presidente da estatal. A cerimônia de posse está marcada para às 15 horas desta quinta-feira. Coelho assumirá o lugar do o general Joaquim da Silva e Luna, demitido pelo Jair Bolsonaro (PL) no final de março meio às fortes críticas do chefe do Executivo à política de reajuste de preços dos combustíveis da empresa. O engenheiro foi indicado no dia 6 de abril como segunda opção anunciada do governo federal. Primeiramente, a União indicou Adriano Pires, que recusou o cargo alegando “conflito de interesses”. Após a indicação do governo, o currículo de Coelho foi analisado pelo Comitê de Pessoas, que recomendou a aprovação de seu nome para o conselho, etapa necessária para assumir a Presidência da empresa.
Quem é José Mauro Coelho
Ferreira Coelho tem longa experiência no setor de combustíveis: formado em química industrial, tem especialização em ciência dos materiais, mestrado em engenharia dos materiais e Doutorado em Planejamento Energético pelo Programa de Planejamento Energético (PPE). Ele já havia trabalhado no setor público, como secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia entre abril de 2020 e outubro de 2021, diretor de estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (ligada ao MME), entre outros cargos que ocupou desde 2007 até 2020, e ainda é presidente do Conselho de Administração da Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás desde 2020.
Na área acadêmica, o possível novo presidente da estatal foi professor universitário de graduação e pós-graduação entre 1995 e 2007 e tem três livros e mais de 30 artigos publicados sobre o setor de petróleo e gás. Agora, Ferreira Coelho poderá ter o desafio de manter as contas da Petrobras equilibradas enquanto evita um aumento acentuado nos preços dos combustíveis diante de um cenário econômico e internacional desafiador, com a guerra na Ucrânia, o valor do barril de petróleo ainda alto e a inflação preocupante no Brasil. O aumento no preço dos combustíveis levou a um atrito entre Silva e Luna e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que resultou na exoneração do general. Antes de Ferreira Coelho, o governo havia indicado Adriano Pires, mas ele recusou por não poder conciliar a estatal com seu cargo de presidente em uma consultoria do setor de infraestrutura.
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