O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que as investigações que apuram a atuação antidemocrática de uma milícia digital e sobre ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral sejam unificados. A medida atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que alegou ser necessário juntar as ações para decidir se realiza, ou não, uma denúncia contra o chefe do Executivo. No documento, o magistrado afirma que “os elementos de provas colhidos para apuração dos fatos envolvendo a live realizada pelo Presidente da República na data 29/7/2021” apontam para uma análise “em conjunto com a investigação principal conduzida no Inq 4.874/DF, cujo objeto é uma organização criminosa complexa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político, com objetivo de atacar o Estado Democrático de Direito”.
A investigação que envolve o presidente refere-se a uma transmissão ao vivo em que Bolsonaro participou no dia em questão e realizou ataques às urnas eletrônicas. Já as apurações que envolvem a milícia digital busca esclarecer a possível existência de um grupo que realiza ataques coordenados às instituições democráticas brasileiras. Possivelmente, este grupo seria financiado com recursos públicos.
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