O afastamento do desembargador Washington Luiz do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) completa um ano nesta quarta-feira (28). Ele foi afastado do Tribunal por uma decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por responder a três processos que apuram denúncias de tráfico de influência e abuso de poder.
Antes do afastamento, o desembargador estava como presidente do TJ/AL. A saída dele do Tribunal, em junho de 2016, foi requerida primeiro por meio de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) proposto pela corregedora Nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, em outubro de 2015.
O processo investiga a suspeita de envolvimento do magistrado em um suposto cartel de merenda escolar em Alagoas, Rio Grande do Sul e São Paulo, conhecido como "Máfia da Merenda".
Além desse caso, o afastamento também foi decidido por conta de um suposto favorecimento do prefeito afastado de Joaquim Gomes, Antônio Araújo Barros, o "Toinho Batista", em troca de apoio político para o irmão do desembargador, o deputado estadual Inácio Loiola Damasceno Freitas.
De acordo com o CNJ, decisões de Washington Luiz teriam possibilitado o retorno de Toinho Batista ao cargo, mesmo depois de ter sido cassado. O terceiro caso faz referência à suspeita de proteção ao prefeito do município de Marechal Deodoro, Christiano Matheus, ex-genro de Washington Luiz, o que teria inviabilizado a prisão dele.
Na época do afastamento, o desembargador disse que não iria se manifestar sobre o assunto. No mês seguinte, julho de 2016, ele deu entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, e negou as acusações. “Eu sou tão pequeno. Eu sou presidente de um tribunal talvez do menor estado. Eu sou um homem de paz, eu sou um homem temente a Deus”, afirmou o desembargador ao repórter da TV.
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