Por outro lado, nos 20% restantes, estima-se que podem existir 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 de anfíbios, 241 de peixes e 221 de abelhas. Por isso, apesar de, em períodos secos, apresentar uma paisagem acinzentada, a Caatinga continua viva e reduto de centenas de espécies.

Em todo o Nordeste, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, devido às atividades humanas, o desmatamento da Caatinga chega a 46% de sua área de vegetação original.

Áreas de preservação

Em território alagoano, alguns locais permanecem como refúgios para as espécies animais e vegetais da Caatinga. São as áreas de preservação ambiental. Uma delas é a unidade de conservação federal conhecida como Monumento Natural do Rio São Francisco, que inclui áreas dos municípios de Delmiro Gouveia, Olho D’Água do Casado e Piranhas.

Outra é a Reserva da Vida Silvestre Morro do Craunã, em Água Branca. Há, também, Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). Uma dessas RPPNs fica em Santana do Ipanema e possui, segundo dados do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL), 21,7 hectares. É a Reserva Tocaia, de propriedade do senhor Alberto Nepomuceno Agra.

Ela foi criada pela portaria n° 018/2008, com metas à preservação integral do meio natural, sendo vedadas todas as interferências sobre este ecossistema e tem como principal objetivo a preservação de fragmento do bioma Caatinga.

Entre as espécies de árvores encontradas na reserva de Santana do Ipanema estão, segundo o IMA/AL, Aroeira, Angico, Juazeiro, Umbuzeiro, Cedro, dentre outras de grande porte, o que confere características de porte arbóreo-arbustivo. Entre as espécies animais, destacam-se o gato-do-mato, pequenos roedores, várias serpentes e aves típicas.