A Escola Estadual de Monteirópolis, no Sertão de Alagoas, funciona desde o ano passado sem nenhum professor efetivo em seu quadro. É que em 2015 os últimos profissionais efetivos que ainda estavam nas salas de aula da instituição conseguiram a aposentadoria por tempo de serviço.
Para substituir a mão de obra efetiva, o Estado disponibilizou monitores, que são profissionais contratados por tempo determinado e que não têm, portanto, as mesmas garantias nem direitos que os professores efetivos.
Para a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), Maria Consuelo Correia, a substituição dos professores efetivos por monitores temporários significa a precarização da educação. “A gente vê casos como esse com bastante preocupação. Onde está a revolução na educação que o governador disse na campanha que faria?”, questionou a sindicalista.
Segundo ela, a situação de monitores nas salas de aula gera dificuldades para “um fazer pedagógico”, tendo em vista que eles não possuem a chamada “hora-atividade”, que é o período fora da sala de aula para preparação de atividades, nem estabilidade para continuar na função.
A Escola Estadual de Monteirópolis conta com mais de 370 alunos, funciona os três turnos e tem apenas dois funcionários como serviços gerais, dois vigilantes, dois agentes administrativos e um secretário.
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que todas as disciplinas são ofertadas aos alunos, ou seja, não há carência, e que a escola está passando por uma reforma para melhoria das condições estruturais. A Seduc não informou, porém, se existe alguma previsão para contratação de professores efetivos para a Escola Estadual de Monteirópolis.
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