As máquinas da Fábrica da Pedra, unidade do setor têxtil situada em Delmiro Gouveia, foram vendidas para uma empresa de Americana (SP). Esse parece ser o capítulo final de uma crise que começou há mais de um ano, quando a indústria foi fechada, em março de 2016, devido ao corte no fornecimento de energia elétrica. O débito com a Eletrobras Distribuição Alagoas chegava, na época, a R$ 1,2 milhão.
Agora, com a venda do maquinário para uma empresa paulista revendedora, chega ao fim a esperança de quem ainda imaginava ver a unidade reaberta.
Em abril do ano passado, poucos dias após o fechamento, os 575 funcionários foram postos em férias coletivas. Em julho, 125 deles foram demitidos. Os demais foram demitidos em janeiro deste ano, após o agravamento da crise e a falta de perspectiva para reabertura da indústria.
Apenas 18 funcionários foram mantidos para a realização de tarefas administrativas e vigilância patrimonial, uma vez que a unidade, apesar de fechada, não decretou falência.
Ainda em 2016, após o fechamento da fábrica, vários políticos do Estado manifestaram-se em defesa de sua reabertura e promoveram reuniões para discutir os problemas e as soluções. Porém, não conseguiram fazer com que ela fosse reaberta.
A Fábrica da Pedra foi fundada pelo empreendedor Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, em 1914. Tem, portanto, 103 anos de história. Em 1992, foi adquirida pelo Grupo Carlos Lyra, ao qual pertence atualmente.
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