Praticamente inexistente no seu habitat natural, o jabuti é uma das espécies mais ameaçadas de extinção na caatinga alagoana. Na manhã desta quinta-feira (15), 270 desses répteis foram devolvidos à Caatinga, no município de Belo Monte, pela Equipe de Fauna da Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do São Francisco (FPI do São Francisco).
"Os jabutis ainda são muito comuns em cativeiros, mas a criação é proibida e pode gerar multa de cinco mil reais [R$ 5.000] por animal apreendido. A maioria devolvida hoje à natureza foi de entrega voluntária. É importante essa conscientização da comunidade", explicou o coordenador da equipe de soltura, Lahert Lobo.
Além dos jabutis, cerca de 60 aves típicas do bioma também foram libertadas.
"As aves soltas hoje são conhecidas popularmente como Galo de Campina, Extravagante, Azulão, Cancão e Rolinha Fogo-Apagou. Após a soltura, realizamos visitas posteriores sempre que possível, para monitoramento e também fazemos a inspeção nas comunidades para saber se houve captura", disse Lahert Lobo.
A princípio, segundo explicou o coordenador, os bichos soltos ainda terão comportamento de animais domesticados, mas ao conseguirem se reproduzir, as novas gerações serão silvestres, se mantendo longe do contato humano.
"Soltamos os animais em uma área com oferta de alimentos, próximo de pontos com água. Esse trabalho da FPI vem para contribuir com a reintrodução e diversificação das espécies nos seus biomas típicos", concluiu.
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