A medida foi adotada pelo Consórcio de Resíduos Sólidos da Região do Sertão de Alagoas (Crerssal), em virtude do fim do contrato que havia com o Consórcio Intermunicipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (Cigres), o qual mantém um aterro entre as cidades de Olho D’água das Flores e Olivença, ambas em Alagoas.

Segundo o superintendente do Crerssal, Eraldo Nunes, o contrato entre Crerssal e Cigres não foi renovado por conta do valor cobrado, que inviabiliza o envio dos resíduos sólidos até o aterro do Cigres.

“Temos um convênio com a Prefeitura de Iati, em Pernambuco, e estamos encaminhando os resíduos sólidos para o aterro sanitário da região, sendo assim, não é necessário gerar conflitos, já que o aterro tem condições de receber os resíduos sem que seja preciso pagar uma taxa para isso”, ressaltou o superintendente do Crerssal.

Por outro lado, o Ministério Público Estadual (MPE/AL) e o Instituto do Meio Ambiente (IMA/AL) estão receosos, pois temem que os municípios do Alto Sertão de Alagoas voltem a utilizar os lixões já encerrados.

Desde 2014, os lixões a céu aberto estão proibidos no Brasil pela Lei Federal 12.305/2010. Em Alagoas, todos os lixões foram encerrados este ano, após uma parceria entre as prefeituras, o MPE, o IMA, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Semarh) e outros órgãos de fiscalização.

Entre Olho D’água das Flores e Olivença, o aterro sanitário do Cigres, que foi o primeiro do estado a entrar em operação, continua em funcionamento. Ele recebe os resíduos sólidos dos municípios mais próximos.

Já o aterro sanitário de Iati (PE) tem capacidade de recebimento de dez toneladas de resíduos sólidos por dia. Quando foi inaugurado, em maio deste ano, ficou estabelecido que ele atenderia, de forma consorciada, a mais sete municípios pernambucanos: Paranatama, Saloá, Terezinha, Palmeirina, Correntes, Brejão e Águas Belas. Por outro lado, Eraldo Nunes, do Crerssal, afirma que o local tem capacidade para receber até 80 toneladas por dia de resíduos.

*Com informações do Cada Minuto