Após ser exonerado da função de subcomandante do Comando de Policiamento da Capital (CPC), da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL), o tenente-coronel Marcos Vanderlei, publicou em suas redes sociais que o motivo da exoneração foram publicações de fotos junto com o presidente Jair Bolsonaro durante visita dele a Alagoas, no mês passado, durante visita a Maceió.
No texto, que estranhamente foi apagado das redes sociais, o oficial esclareceu que está sem função por ordem do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), que tem feito oposição a Bolsonaro.
Oficialmente o comando da PM esclareceu apenas que durante a visita de Bolsonaro a Maceió o tenente-coronel estava de serviço, fazendo a segurança do presidente da república.
Ainda aproveitando as redes sociais, o ex-comandante do CPC agradeceu a todos pelo tempo que permaneceu no cargo.
“Agradeço a todos os Comandantes das Unidades e Subunidades pela cooperação e compromisso durante estes quase 05 meses; agradeço aos meus Comandantes imediatos, os coronéis Do Valle e Luna, pela liderança firme, mas integrada com seus Staffs, proporcionando resultados bastante significativos na segurança pública”, disse o oficial.
Esse não é o primeiro caso envolvendo integrantes da segurança pública após manifestações de cunho político.
Na semana passada, o Conselho Estadual de Segurança Pública de Alagoas (Conseg/AL) abriu uma Reclamação Disciplinar contra a tenente-coronel do Corpo de Bombeiros de Alagoas (CB/AL), Camila Paiva, por "possíveis transgressões disciplinares", para investigar a conduta da oficial, que participou de um ato contra o presidente.
"Fatos noticiados dão conta de que a Tenente-Coronel Camila Paiva, integrante do Corpo de Bombeiros Militar, participou de manifestações político-partidárias, bem como promoveu manifestação no interior do Colégio da Polícia Militar de Alagoas, portanto Organização Policial Militar, nascendo a necessidade de apuração de possível prática de transgressão disciplinar por parte da Tenente-Coronel, conforme previsto no Regulamento Disciplinar da Polícia Militar de Alagoas, Decreto nº 37.042/1996, Art. 32, incisos V, XVI e XLI, sem prejuízo de enquadramento em qualquer outra transgressão identificada no curso da apuração", diz trecho da decisão.
A oficial afirmou que seu posicionamento político no ato foi realizado como cidadã, e não, como integrante do CBM. Na avaliação da oficial, o governo peca em diversos aspectos e, não apenas, na pandemia. Ela pontuou ainda que, caso o governo tivesse priorizado a ciência e as vacinas, a realidade seria outra. Apesar de responder no Conseg, a militar continua exercendo as funções que já exercia na Secretaria de Segurança Pública (SSP).
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