“Minha gente, acabei de ser agredido, agredido, pelo ex-prefeito Luiz Carlos Costa, no posto de gasolina, ao lado do advogado, do secretário de Meio Ambiente, dos ribeirinhos. Ele veio me agredir. Roubaram, roubaram o meu celular! Pegaram meu celular! Estamos agora indo pra delegacia, pra delegacia, pra prestar queixa de Luiz Carlos Costa e de seus seguranças. É atrocidade, é essa Delmiro nos trilhos, nos trilhos de Lula Cabeleira, pra agredir as pessoas! Tomaram meu celular. Estamos agora indo pra delegacia. Tony Cloves, fiscal do povo. Acompanhe. Tô indo pra delegacia”, disse Tony Cloves, no vídeo que tem duração de 58 segundos.

A situação tem a ver com a reintegração de posse de uma área às margens do Rio São Francisco, no povoado Cruz, em Delmiro Gouveia.

Nessa quinta-feira (2), a Polícia Militar deu apoio a agentes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) para que as construções do local fossem demolidas e, assim, houvesse a reintegração de posse solicitada pelos órgãos públicos e determinada pela justiça estadual. A área fica em terras que pertencem ao ex-prefeito Lula Cabeleira.

No mesmo dia, porém, uma decisão em caráter liminar da justiça federal determinou a interrupção da reintegração de posse. A medida, portanto, estava sendo cumprida.

Ocorre que, sem um motivo que ainda não está claro, uma vez que a decisão da justiça federal já estava sendo cumprida, o popular Tony Cloves, acompanhado por um advogado que representa os ocupantes da área em litígio e um homem que se diz pescador no local e, portanto, prejudicado pela reintegração de posse, foram ao posto de combustíveis onde ocorreu a confusão. É nesse posto, em Delmiro Gouveia, onde fica o escritório particular do ex-prefeito Lula Cabeleira.

Segundo o advogado do ex-prefeito, Ailton Paranhos, a denúncia de agressão feita por Tony Cloves é falsa. “É mentira essa história que Tony Clóves está divulgando que houve agressão. Agora, é bom que a população saiba que ele, acompanhado do seu Djalma, que se diz pescador, que é autor da ação, que quer ficar lá na beira do rio, com seu sobrinho, o advogado Madson, foram ao posto, escritório do ex-prefeito Lula Cabeleira. Com que intuito eles se dirigiram ao escritório? Dar cumprimento em ordem judicial? Fazer o quê? O que que eles foram fazer lá?”, questionou o advogado, em mensagem por aplicativo enviada à Redação do Correio Notícia.

“O que eles queriam fazer no posto? Foram ao escritório do ex-prefeito Lula Cabeleira. E desacataram, de forma clara, na prova de todo mundo lá, o secretário do Meio Ambiente e o servidor do IMA, tentando ainda agredir os dois. Agrediram ainda um frentista do posto, rasgaram a roupa do frentista. O que o Tony Cloves está querendo criar é uma mentira, é um fato inverídico. Não tem nada entre ele e o ex-prefeito Lula, apesar de uma conversa que houve na frente do posto, e mais nada. O que o doutor Madson, renomado advogado, juntamente com seu tio Djalma, que é autor da ação que quer ficar lá na beira do rio no povoado Cruz, se dizendo pescador, foram fazer lá no posto? Cumprir ordem judicial? Eles são oficiais de justiça? Desacataram o secretário do Meio Ambiente e um funcionário do IMA. As providências legais estão sendo tomadas”, esclareceu o advogado Ailton Paranhos.

Ele também disse que a decisão liminar da justiça federal, que suspendeu a reintegração de posse, está sendo cumprida. “Vamos procurar o amparo legal para resolver a situação. A decisão judicial que prevalecer será cumprida”, acrescentou.