A morte do empreendedor, industrial e visionário Delmiro Augusto da Cruz Gouveia completa 102 anos nesta quinta-feira (10). Ele foi assassinado no dia 10 de outubro de 1917, no povoado Pedra, atual cidade que leva seu nome, no Sertão de Alagoas.
Delmiro nasceu na Fazenda Boa Vista, no município de Ipu, no Ceará, em 5 de junho de 1863. Seus pais eram a pernambucana Leonila Flora da Cruz Gouveia e o cearense Delmiro Porfírio de Farias.
Conforme informações do portal Wikipédia, sua família transferiu-se em 1868 para o estado de Pernambuco, onde se estabeleceu na cidade de Goiana, mudando-se para o Recife em 1872.
Com a morte da mãe, Delmiro teve que começar a trabalhar aos 15 anos de idade, em 1878, inicialmente como cobrador da Brazilian Street Railways Company, no trem urbano, denominado maxambomba. Posteriormente chegou a chefe da Estação de Caxangá, no Recife. Foi despachante em armazém de algodão.
Delmiro empreendedor
Em 1883 foi ao interior de Pernambuco, interessado no comércio de peles de cabras e de ovelhas, que passou a negociar, tendo obtido grande sucesso. Em 1886 estabeleceu-se no ramo de couros e passou a trabalhar, por comissão, para o imigrante sueco Herman Theodor Lundgren (Casas Pernambucanas) e para outras empresas especializadas nesse comércio, como a Levy & Cia.
Trabalhava também por conta própria. Em 1896 fundou a empresa Delmiro Gouveia & Cia e passou a alijar seus concorrentes do mercado, empregando os melhores funcionários das empresas concorrentes.
Três anos depois, em 1899, Delmiro inaugurou no Recife um moderno centro comercial e de lazer, o “Derby”, que é considerado como o primeiro shopping center do Brasil, sendo incendiado em 2 de janeiro de 1900. Após isso, ele mudou-se para “Pedra”, que hoje é o município Delmiro Gouveia, localizado no Sertão de Alagoas.
Depois, o visionário continuou no comércio de peles, idealizou diversas construções, até inaugurar, em 26 de janeiro de 1913, a primeira hidroelétrica do Brasil, localizada em Angiquinho.
Dando continuidade aos investimentos, no ano de 1914 Delmiro Gouveia, que era considerado por muitos como um “coronel”, iniciou os trabalhos na Fábrica da Pedra, que, naquela ocasião, tinha como nome Companhia Agro Fabril Mercatil. As iniciativas do empreendedor foram cessadas em 1917, com sua morte aos 54 anos de idade.
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