Em entrevista à Itatiaia, o meia-atacante destacou a importância de Cuca nas conversas e como espera chegar no Alvinegro. O próprio treinador rasgou elogios ao atleta antes do jogo de segunda-feira, contra o Juventude.

— É verdade que tem uma conversa bem adiantada com o Atlético. A gente espera que possa acontecer. Mas sabemos que, no futebol, as coisas mudam rápido. Prefiro ir na cautela. Decidir o melhor contrato e projeto para poder dar certo.

— Todo mundo sabe que tenho um carinho especial pelo treinador do Atlético, tem vários ex-companheiros meus lá. Se for o Atlético, vou chegar para dar a vida, respeitando a camisa e meus companheiros. Vamos ver nos próximos dias. Se essas conversas evoluírem, podem saber que tem a influência dele (Cuca).

Saída do Cruzeiro

Dudu respondeu sobre a saída polêmica do Cruzeiro. Um comentário do jogador e o comportamento indiferente diante da derrota, diante do Palestino, pela Sul-Americana, causaram a insatisfação do técnico Leonardo Jardim.

No mesmo jogo, o jogador deu uma entrevista dizendo não entender o motivo de ter deixado o time titular. Na entrevista, o meia-atacante falou de como se deu a rescisão de contrato com o time mineiro e negou que tenha pedido a saída do técnico Leonardo Jardim.

— É uma grande mentira (pediu a saída do treinador). Tenho grandes relações com grandes treinadores que fui treinado. Depois que surgiu essas mentiras, treinadores que me treinaram me ligaram dando apoio. O próprio Diniz, que virou um amigo meu. Eles sabem que não sou esse tipo de jogador. Desde ano passado para cá, estão falando coisas de mim que não são verdade.

— Todo jogador quer ser titular. Infelizmente, só jogam 11. O próximo clube que for agora, ninguém vai falar que vou ser titular, no meu contrato não está inscrito que tenho que ser titular. Tenho que brigar por posição, assim como sempre respeitei todo mundo no Cruzeiro.

— Posso ter errado no timing, no momento, ter falado após uma derrota. Junta que estamos chateados, no banco, e a gente erra. Reconheci isso para o Mattos, para o Pedrinho, para o treinador. Tanto que fui reintegrado ao grupo. Mas não me senti à vontade de permanecer em um lugar que o ambiente não era o mesmo que minha chegada. Vi que o melhor caminho era a rescisão de contrato, que seria boa para mim e para o Cruzeiro. E poderia estar lá treinando e recebendo meu salário se eu fosse mercenário.

Gramado sintético

Dudu é um dos grandes críticos do gramado sintético. Ele fez parte da campanha contra o tipo de piso e chegou a dizer que ele colaborou para a lesão de joelho que teve no Palmeiras.

No Atlético, o meia-atacante terá que lidar com o sintético na Arena MRV. Para ele, isso não é um empecilho para emperrar sua contratação.

— Se for perguntar para a maioria dos jogadores, todos vão preferir jogar na grama natural. Sabemos que, no Brasil, estamos mudando um pouco essa realidade. Caso eu jogue no Atlético, eu vou ter que jogar, é meu trabalho. Não será um empecilho. Não vai ser um problema. As pessoas vão falar, bater nesse ponto, mas estou tranquilo.

Dudu movimentou o noticiário mineiro nos últimos dias. Isso porque foi retirado do jogo contra o Vasco, no fim de semana, após reclamar publicamente da decisão de Leonardo Jardim em colocá-lo no banco de reservas.

A situação foi o estopim de uma relação que se estremeceu no decorrer de abril, justamente após o atacante deixar a titularidade, a partir do jogo contra o São Paulo. A postura nos treinamentos e nos jogos em que foi acionado não agradou à comissão, que o afastou com aval da diretoria de futebol.

No decorrer da semana passada, o staff do jogador e a diretoria tiveram mais de uma conversa com intuito de rescindir o contrato, que iria até 2027. As partes decidiram que Dudu voltaria a treinar com o elenco na Toca da Raposa, mas ele não foi relacionado contra o Vila Nova. O vínculo foi rescindido na sexta-feira.