Marco Polo Del Nero interrompeu sua licença e reassumiu o comando da Confederação Brasileira de Futebol, "derrubando" o Coronel Nunes. Segundo o departamento de comunicação da CBF, ele está de volta às atividades normais desde a última quinta-feira.
A licença de Del Nero durou três meses. O dirigente se afastou da CBF no dia 7 de janeiro com o intuito de preparar sua defesa em relação às acusações de corrupção no processo que corre nos Estados Unidos.
Uma reunião de vice-presidentes da entidade, convocada na última sexta-feira e realizada nesta segunda, foi o primeiro compromisso depois de sua volta oficial, que, na prática, vinha ocorrendo nas últimas semanas. Nas presenças do Coronel Nunes, que havia assumido o poder por ser o vice mais velho, além de Fernando Sarney e Gustavo Feijó, o presidente comunicou seu retorno. Os outros vices, Delfim Peixoto e Marcus Vicente, não compareceram.
Na semana passada, Del Nero se sentou à mesa com o técnico Dunga e o coordenador Gilmar Rinaldi, e participou da reunião que cobrou melhores resultados da seleção brasileira. Na ocasião, ambos foram confirmados em seus cargos para a Copa América Centenário, que será disputada em junho nos Estados Unidos. Daí para frente, dependerá do desempenho do time.
Del Nero jamais esteve totalmente distante das decisões mais estratégicas. Sua licença para que Nunes assumisse foi uma estratégia, inclusive, já que trata-se do vice menos resistente a governar sob orientações do presidente de fato.
Em dezembro do ano passado, o FBI anunciou que Marco Polo Del Nero era um dos investigados no megaesquema de corrupção que tem mandado dirigentes à cadeia, entre eles, o ex-presidente da CBF José Maria Marin. Del Nero também é um dos alvos de investigação do Conselho de Ética da Fifa.
Desde quinta-feira, ele está de volta de forma oficial ao posto que jamais deixou de ocupar. O Coronel Nunes reassume como vice mais velho.
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