Tite não pretende cumprimentar o presidente Jair Bolsonaro (PL) em caso de hexa da seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, marcada para ser encerrada em 18 de dezembro de 2022, no que pode ser os últimos dias de mandato do atual chefe do Executivo – a informação foi divulgada pelo “Globoesporte.com”, no fim de 2021. De acordo com a matéria, o técnico acredita que, em um cenário de polarização política e ano eleitoral, o melhor a se fazer é evitar polêmicas. Questionado sobre o tema no programa “Pergunte ao Vampeta” desta semana, o comentarista do Grupo Jovem Pan criticou a decisão do comandante da Canarinho.
“Primeiramente, isso é ser burro. Independente de quem é o presidente, ele foi eleito pelo povo. Se é de esquerda ou de direita, não importa. Se é o Lula, Dilma, Ciro ou Fernando Henrique, não interessa. É a maior autoridade do país. Quando o presidente aparece, tem que cumprimentar. No dia em que ele quiser votar, vota em quem quiser. O país é democrático. Eu acho isso errado!”, declarou Vampeta, que deu cambalhotas no Palácio do Planalto após o pentacampeonato de 2002 – na ocasião, a delegação da seleção visitou o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso.
Dona de cinco títulos mundiais, a seleção brasileira e a CBF foram recebidas pelo presidente de plantão: Juscelino Kubitschek, em 1958; João Goulart, em 1962; Emílio Médici, em 1970; Itamar Franco, em 1994; e Fernando Henrique Cardoso, em 2002. Apesar da tradição, antes mesmo da Copa do Mundo de 2018, Tite havia declarado que não visitaria Michel Temer em caso de sucesso no torneio realizado na Rússia. Além disso, após a conquista da Copa América de 2019, muitos apoiadores de Bolsonaro chamaram atenção para o fato do treinador ter evitado conversar com o chefe do Executivo.
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