O assassinato do empresário Rodrigo Alapenha completou três anos nesta terça-feira (11) e até agora nenhum suspeito do crime foi apresentado à sociedade pela Segurança Pública. Ninguém é réu, ninguém foi condenado, ninguém está preso. As razões do crime também permanecem um mistério. Prevalece, até agora, a impunidade.
Quem o conhecia ou conviva com ele não sabe os motivos que tenham levado a tamanha crueldade e covardia, naquele 11 de agosto de 2017, quando ele chegava em casa, no bairro Novo, por volta das 13h, e criminosos armados cercaram o veículo dele e deram mais de 30 tiros.
O objetivo, portanto, era simplesmente executar alguém que estava sozinho, desarmado e em plena luz do dia.
Há dois meses, quando o crime completou 34 meses, o Correio Notícia buscou informações com o comando da Polícia Civil de Alagoas. A Assessoria de Comunicação do órgão informou que três delegados continuam trabalhando para elucidar o crime.
“Foi instituída uma comissão, responsável pelas investigações, composta pelos delegados Eduardo Mero (presidente da comissão), Fábio Costa e João Marcello. A Polícia Civil continua trabalhando para elucidar o crime”, disse a Assessoria, por meio de nota enviada ao site no dia 11 de junho deste ano.
Esses, porém, não são os mesmos delegados que faziam parte da comissão logo que ela foi criada após o crime, ainda em 2017. Os três primeiros delegados indicados para fazer parte da comissão deixaram o caso pouco tempo depois.
“Como em inúmeros outros casos, a Polícia Civil trabalhará para elucidar e chegar aos responsáveis pelo assassinato do empresário, com calma, cautela, discrição e com sigilo para não atrapalhar a investigação. Solicitamos a todo cidadão que tiver informação, que possa colaborar, comunique pelo disque denúncia no 181”, disse o delegado-geral Paulo Cerqueira, por meio da Assessoria de Comunicação da PC/AL, na época em que a comissão foi criada, em 2017.
Três anos após o assassinato do empresário, porém, o caso segue sem que um desfecho tenha sido apresentado à sociedade, a qual espera e confia no trabalho do Estado para chegar aos criminosos e entregá-los à Justiça.
O crime
No dia do crime, Rodrigo Alapenha chegava em casa, no Loteamento Rosa de Sharon, no bairro Novo, em Delmiro Gouveia, por volta das 13h. Ele estava em uma caminhonete que, segundo a polícia, foi alvejada com cerca de trinta disparos de arma de fogo que teriam sido efetuados por ocupantes de um carro de passeio.
Segundo testemunhas, o empresário tentou fugir, mas foi baleado e bateu o carro em uma árvore a poucos metros da casa dele. Ele foi atingido por mais de 39 tiros em várias partes do corpo e morreu na hora.
Lembrança
Nas redes sociais, a família dele postou uma mensagem sobre o caso nesta terça-feira (11), que segue abaixo na íntegra:
“Dia 11 de Agosto, hoje faz três anos que fomos surpreendidos pela trágica notícia de sua partida, a princípio uma dor muito grande invadiu a nossa família e os nossos corações, pois vc foi tirado de nós, deixando a todos inconsoláveis...
Mas a misericórdia e o amor de Deus mais uma vez se fez e se faz presente nos dando força para continuar, na certeza que um dia a justiça dos homens acontecerá e que a justiça de Deus nunca tardará.
Em nossos corações fica a saudade, as lembranças e o amor, que este ninguém consegue nos roubar.
Neste dia dedico as minhas orações a sua alma e a minha irmã e meus sobrinhos, na certeza que todos estamos amparados pelo amor de Deus.”
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