É claro que a pressa não parece ser o melhor caminho para apurar um crime tão emblemático quanto o que vitimou o vereador Neguinho Boiadeiro, em Batalha.
Ainda que a polícia trabalhe com discrição, protegida pelo sigilo necessário das informações, a demora em chegar aos mandantes – está claro que foi um crime de pistolagem – tem consequências de natureza política.
A família da vítima não parece ter dúvidas, e diz isso publicamente, de que os responsáveis pelo assassinato são os Dantas, que mantêm o controle político do município.
Ainda que não apontem diretamente para o atual presidente da Assembleia Legislativa, os Boiadeiros têm afirmado publicado que partiu do clã dominante na região a ordem para a execução do homicídio – em plena luz do dia.
Paulo Dantas, filho do deputado do PMDB, e a esposa dele, Marina Dantas, prefeita de Batalha, continuam fortemente protegidos pelas polícias, se mantendo distante – quase sempre – do município.
Acontece que Paulo Dantas já anunciou que será candidato a deputado no próximo ano, em substituição a Luiz Dantas, e este pode ser um complicador da situação local, se a polícia não apontar com fartura de provas os implicados no crime – considerando que podem não ser pessoas ligadas aos Dantas.
Até para a família do presidente da Assembleia a solução do caso pode ter urgência.
Ou seja: é um problema com consequências ainda não muito claras para 2018.
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