Conforme um parente, que preferiu não ter o nome divulgado, José Eraldo estava embriagado, quando se envolveu em uma confusão com outro rapaz, identificado como Natan Oliveira, conhecido como “Natan Quino”, que seria proprietário do bar onde a vítima estava bebendo.

“O dono do bar começou a agredir Zé Tichão, que estava muito bêbado e não conseguiu se defender. Durante as agressões, Natan empurrou violentamente Zé Tichão, que caiu de mau jeito no chão e morreu”, disse o familiar, que ouviu o referido relato de João Bispo, testemunha ocular do ocorrido.

João Bispo contou ao parente que estava voltando de uma festa, por volta das 3h, quando deparou-se com Natan agredindo Zé Tichão. “Ele disse que achou que a vítima não tinha morrido da queda que levou depois de ser empurrada por Natan, por isso gritou dizendo para o acusado que iria chamar a polícia, caso ele matasse a vítima”, disse.

Depois de intervir, João Bispo foi para casa e contou para os familiares o que tinha presenciado. No dia seguinte, por volta das 19h50, enquanto se dirigia para o velório do amigo, no meio do caminho, foi interceptado por outras duas pessoas, uma delas seria Natan Quino.

“Os dois atacaram João, que começou a pedir socorro e correu por cerca de 150 metros, quando foi alcançado pelos assassinos, que o mataram com vários golpes de facão. Várias pessoas, que ouviram os pedidos de socorro, presenciaram o assassinato. Ninguém tem dúvidas de que foi Natan e outro homem já identificado que mataram João”, relatou um cunhado de João Bispo.

A reportagem apurou que na semana passada Natan era considerado foragido da polícia, mas por tentar matar outro jovem, que teve umas das costelas e um dos braços fraturados com golpes de estaca de madeira. Agora ele é novamente considerado foragido da polícia pelas mortes de José Eraldo e João Bispo.

A reportagem contatou o Centro Integrado de Segurança Pública da cidade (Cisp), mas o policial militar que atendeu à ligação informou que a guarnição tinha acabado de assumir o plantão, por isso não tinha informações sobre o caso. Ele repassou o contato da Polícia Civil, que, por meio de um agente policial, informou que detalhes da investigação serão dados somente depois.

Por outro lado, um policial militar que participou dos primeiros levantamentos do caso confirmou que Natan Quino e outro homem, cujo nome não foi divulgado, são apontados por testemunhas como autores do assassinato de João Bispo, que, segundo o que foi apurado até o momento, foi executado porque presenciou a morte de Zé Tichão.

Quem tiver informações sobre o paradeiro de Natan Quino pode denunciar ao Cisp de São José de Tapera, através do telefone (82) 99614-9318, ou pelo Disque Denúncia 181. O denunciante terá a identidade preservada.

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