Considerado como um crime bárbaro, o assassinato de Maria Juliana, 26, ocorrido na manhã desta sexta-feira (27), por volta das 9h30, no bairro Eldorado, em Delmiro Gouveia, chocou a população do município.
Pouco tempo depois do ocorrido, testemunhas relataram para o Correio Notícia que a vítima estava no quintal da casa da mãe, localizada em uma área conhecida como “Área Verde”, quando foi atingida por três tiros, que teriam sido efetuados pelo ex-marido dela identificado como Sérgio Cristiano Gomes da Silva, conhecido como "Sérgio Mototaxista". Ela morreu na hora.
Ainda de acordo com testemunhas, o homem verificou por cima do muro se a ex-mulher estava lavando roupas, arrodiou pela porta da frente da residência, deu dinheiro para o filho mais velho, de seis anos, para que ele fosse comprar doces, e, em seguida, se dirigiu até o quintal e efetuou os tiros que atingiram a cabeça, peito e braço de Maria Juliana.
A motivação do assassinato seria pelo fato de que o suspeito não aceitava o fim do relacionamento com a jovem, com quem tinha três filhos. Conforme testemunhas, após efetuar os disparos, “Sérgio Mototaxista” fugiu em uma morto tomando destino ignorado. Ele é considerado foragido da polícia.
Equipes da Delegacia Regional de Polícia (1ª-DRP) e do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), com apoio da Guarda Municipal e da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), estiveram no local e providenciaram a remoção do corpo para o necrotério do hospital da cidade, de onde foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca.
Já no início da tarde, em contato com a reportagem do Correio Notícia, um primo de Maria Juliana, que preferiu não ter o nome divulgado, relatou que o filho mais velho da vítima informou para a família que ele e os outros irmãos estavam em casa no momento do assassinato e que presenciaram o crime contra a mãe.
“Minha prima vinha sofrendo há 15 anos com esse cara. Ela nunca foi feliz com ele. Apesar de estarem separados, a Juliana vinha vivendo em cárcere privado e há três dias estava morando na casa da mãe”, disse o parente.
Ainda de acordo com o primo da vítima, há dias ela vinha relatando sintomas de uma possível gravidez. “Estávamos suspeitando de que ela poderia estar grávida. É muito doloroso para nossa família o que estamos passando”, relatou.
“Nossa família está realizando buscas para ver se consegue localizar esse monstro. Não há explicações para justificar o que ele fez. A filha mais nova de minha prima, que tem apenas um ano de idade, está chorando pela falta da mãe, que ainda a amamentava”, finalizou o primo de Maria Juliana.
O caso está sendo investigado pelo delegado Rodrigo Rocha Cavalcanti, titular da Delegacia Regional de Polícia (1ª-DRP), sediada no município.
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