Os irmãos José Márcio Cavalcanti de Melo, conhecido como "Baixinho Boiadeiro", e Ancelmo Cavalcanti de Melo, o "Pretinho Boiadeiro", tiveram o julgamento que os condenou anulado na última quarta-feira (25), por decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL).
Por três votos a um, a Câmara Criminal do TJ/AL decidiu pela anulação do julgamento porque ficou comprovado que uma estagiária do Tribunal participou do Conselho de Sentença, na época do júri popular, em fevereiro deste ano.
Os dois irmãos haviam sido condenados a mais de 100 anos de prisão pela participação em um duplo homicídio e um atentado, ocorridos no ano de 2006, no centro da cidade de Batalha. A pena de Baixinho foi de 45 anos e 10 meses, já a de Pretinho foi de 58 anos e 4 meses de prisão.
Agora, com a decisão da Câmara Criminal do TJ/AL, Preto Boiadeiro e Thiago Pé de Ferro, também condenado pelo mesmo crime, ganharam a liberdade imediatamente. Já Baixinho Boiadeiro continuou preso porque responde a outros crimes.
O julgamento em fevereiro
Questionadas, as testemunhas relataram que acusados e vítimas estavam bares vizinhos no centro da cidade, e o conflito começou quando a mulher identificada como Karen, que acompanhava Emanuel Boiadeiro na ocasião, iniciou discussão com Marina Dantas, esposa do prefeito na época, Paulo Dantas, hoje deputado estadual. Marina é a atual prefeita de Batalha.
A denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) dizia que Emanuel Messias de Melo Araújo, o Emanuel Boiadeiro, hoje já falecido, teria efetuado os disparos contra as três vítimas. Mas o promotor Antônio Villas Boas sustentou que todos eram culpados.
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