São muitas as versões sobre os assassinatos em Batalha, mas todas têm uma verdade única e inquestionável: os crimes foram cometidos por pistoleiros, gente que mata gente, desde que receba sua paga.
A mesma afirmação também vale para a execução do empresário Rodrigo Alapenha, em Delmiro Gouveia. O ex-genro de Lula Cabeleira foi morto em agosto último, sem que o crime tenha sido elucidado até hoje.
Há quem faça até relação entre os casos – Neguinho Boiadeiro, Tony Pretinho e Alapenha -, talvez até para semear mais confusão e derramamento de sangue.
A convicção que fica é de que o Sertão – e não só de Alagoas – é um território de livre-trânsito para pistoleiros, algo que nos parece tão arcaico, ao mesmo tempo tão atual: a demanda por este tipo de mão de obra continua grande e a paga compensatória, porque inclui a proteção do poder político e econômico (por extensão, a impunidade).
Envolvidos com a “nova violência”, os governadores dos estados que fazem fronteira na região, não se percebram o que nunca deixou de estar evidente, ou cometem o mesmo erro de sempre: não prescindem do apoio dos coronéis políticos do Sertão – a mão que paga o gatilho.
São estes personagens que não deixam brotam novas a arejadas lideranças, que possam apontar o caminho da civilização para as populações sofridas, humilhadas e condenadas ao obscurantismo.
Não há violência pior, ou melhor. Ela é parte indissociável do ser humano, mas só pode ser contida pela força da Justiça (onde ela existe).
A solução?
É política, como tudo que envolve as sociedades.
Utilize o formulário abaixo para comentar.