O procurador-geral de Justiça do Ministério Público Estadual (MPE/AL), Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, em entrevista à imprensa de Delmiro Gouveia, na última sexta-feira (15), após uma operação deflagrada na prefeitura do município, onde realizou buscas e apreensão de documentos, fez algumas declarações sobre o trabalho do órgão no Sertão e disse que o dinheiro público precisa ser transparente e os gestores precisam ter probidade e cuidar da população.
“O Ministério Público está atento quando acontecem esses tipos de desvios de recursos e corrupção. Por esse motivo, percorremos os municípios, pedimos afastamento de prefeitos, prisão e as mazelas se repetem e os gestores não aprendem”, afirmou.
Alfredo ressaltou que esses casos de corrupção soam como negativo para o estado de Alagoas. “As políticas públicas necessitam de eficiência e probidade. Com isso, a população vai ter o mínimo de dignidade e ter o possível para sobreviver”, acrescentou.
Na coletiva, o procurador-geral informou que, durante a gestão dele frente ao órgão, já fez várias visitas aos municípios, investigando possíveis irregularidades cometidas por prefeitos do Sertão.
“Estivemos em Santana do Ipanema, que resultou em pedido de prisão. O MPE também passou por Poço das Trincheiras, Maravilha, Ouro Branco, Água Branca, Pão de Açúcar e Mata Grande. Isso demonstra que estamos com um braço bem grande e fiscalizando os municípios. Não podemos deixar acontecer desvios de recursos públicos”, explicitou.
Ainda de acordo com Alfredo Gaspar, recentemente, o órgão pediu a prisão de quase 10 prefeitos e ex-prefeitos do Sertão de Alagoas. “Estamos atentos às demandas sociais. É importante que o povo entenda e repasse esse recado aos gestores, que existe um instrumento de cidadania, o Ministério Público. Não estamos mais em tempo de colocar o dinheiro público no bolso. Ele foi feito para ser aplicado em benefício da população”, explanou.
Sobre a investigação de Delmiro Gouveia, Alfredo Gaspar disse que a investigação foi instalada há alguns meses, segmentada e os papéis que o órgão foi buscar estavam na sede da Prefeitura, nas Secretarias de Saúde, Finanças, Administração, Assistência Social, Educação e no setor de licitação.
“Passamos, agora, para as oitivas e vamos ouvir os donos de empresas de veículos, cruzar os dados e, no menor espaço de tempo, dar as respostas necessárias à população deste município”, concluiu.
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