O governador de Alagoas, Paulo (MDB), em entrevista ao jornal Estadão, afirmou que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), rival político dele, terá “menos poder” no governo Lula (PT).
O chefe do Executivo de Alagoas reafirmou que foi vítima de “perseguição política”, orquestrada pelos adversários políticos. Ele também falou sobre o apoio do PT para a reeleição de Lira à presidência da Câmara.
“O Brasil vive um momento de tensão e o presidente Lula está tendo cautela. Arthur Lira já saiu na disputa para a presidência da Câmara com uma larga vantagem. O presidente precisa de ambiente no Congresso Nacional para aprovar as medidas que viabilizem o governo”, afirmou.
Sobre o deputado federal ter “menor poder” com Lula, o governador justificou que “Bolsonaro tinha contra ele vários pedidos de impeachment e, ao contrário de Lula, muita dificuldade de diálogo com o Congresso Nacional. Lula é acessível, bem articulado, conversa com a política e tem bons projetos. O presidente eleito conhece as demandas regionais. Lula tem a sua bancada. Bolsonaro tinha uma bancada muito pequena. Quem concentrou todo o poder foi Arthur Lira, que terá bem menos poder agora”, disparou.
Quando o assunto foi o afastamento dele do cargo, no mês de outubro, Paulo voltou a classificar a ação como eleitoral. “Eu critiquei e critico a atuação da Polícia Federal. Houve uma grande armação política com intuito eleitoral. […] A ministra Laurita Vaz foi induzida ao erro, mas o STF agiu e voltei ao governo, de onde nunca deveria ter saído”, reforçou.
“Não estou acusando a PF, mas uma ala. Não sei de onde veio a ordem e não tenho como provar. Mas, depois da operação, eles concederam para nossos adversários informações da ação. Houve perseguição política”, finalizou.
Utilize o formulário abaixo para comentar.