Dos oito deputados federais alagoanos que compareceram à sessão desta quarta-feira (2), na Câmara Federal, em Brasília, quatro votaram a favor de Michel Temer (PMDB) e pelo adiamento do processo que poderia investigar o presidente pelo crime de corrupção passiva.
Votaram contra o afastamento de Temer do cargo de presidente para ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF): Arthur Lira (PP), Cícero Almeida (PMDB), Marx Beltrão (PMDB) e Maurício Quintella (PR).
Beltrão e Quintella foram exonerados dos cargos de ministros do Turismo e dos Transportes, respectivamente, e reassumiram seus cargos de deputado federal para defender o presidente. Passada a votação, eles devem ser reempossados nos ministérios.
Já os deputados João Henrique Caldas (JHC), Givaldo Carimbão (PHS), Paulão (PT) e Ronaldo Lessa (PDT) votaram contra o relatório que pedia o adiamento do processo contra Temer. Ou seja, o voto deles foi pela aceitação da denúncia que, se tivesse sido aprovada, seguiria para o STF, onde o presidente seria julgado. O deputado Pedro Vilela (PSDB) não compareceu à sessão.
Com isso tivesse ocorrido, Temer ficaria afastado do cargo por até 180 dias e a Presidência da República seria assumida interinamente pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maria (DEM).
Agora, Temer responderá no STF somente após a conclusão do mandato, a partir de janeiro de 2019.
A acusação contra Michel Temer, que foi rejeitada por 263 deputados e aceita por 227, é oriunda de denúncia feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base nas investigações abertas a partir das delações de executivos da empresa JBS no âmbito da Operação Lava Jato.
Em março deste ano, o ex-assessor do presidente e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) foi filmado, saindo de um restaurante em São Paulo, com uma mala contendo R$ 500 mil. Segundo a PGR, o dinheiro era parte de propina e destinava-se a Temer. A defesa do presidente nega.
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