A pressão feita pelo presidente Jair Bolsonaro fez com que o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, alegasse "objeções" para não apoiar um convite oficial do Tribunal Superior Eleitoral à União Europeia.
O Tribunal negociava um convite para uma missão atuar como observadora do pleito deste ano. Houve até conversas para alinhar os interesses, mas, sem apoio do ministério, responsável por cuidar dos interesses do país com outros governos, o tribunal recuou.
Nos bastidores, integrantes do TSE se mostraram surpreendidos com o posicionamento. Entendem que Bolsonaro não quer integrantes da União Europeia no país.
Ao blog, o TSE confirmou missões da Organização dos Estados Americanos (OEA), do Parlamento do Mercosul (Parlasul) e da Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Sobre a União Europeia, a Justiça Eleitoral confirma ter feito reuniões, mas que "o diálogo não prosperou" e "constatou que não estavam presentes todas as condições necessárias para viabilizar uma missão integral de observação eleitoral", conforme nota ao blog.
"Nos próximos meses, se for verificada a necessidade e o interesse de ambos os lados, poderá haver uma participação mais reduzida e de caráter técnico de membros da União Europeia no período eleitoral", diz o TSE.
Seria a primeira vez que a União Europeia participaria como observador na eleição em que Bolsonaro busca sua reeleição.
Após ser divulgado que os europeus poderiam enviar uma missão ao país, o Ministério das Relações Exteriores fez críticas ao convite ao dizer que o Brasil nunca teve eleições "avaliadas por uma organização internacional da qual não é membro".
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