A executiva nacional do PSDB vai discutir nesta quarta-feira (8), a posição do partido sobre a possível apresentação de um pedido de impeachment e eventuais medidas legais contra o presidente Jair Bolsonaro. O encontro foi convocado pelo presidente nacional da sigla, Bruno Araújo, diante do que classificou como “gravíssimas declarações” do presidente nos discursos durante os atos de 7 de setembro. O governador de São Paulo, João Doria, defendeu o afastamento de Bolsonaro pela primeira vez e elogiou a iniciativa do partido. “A posição de que o PSDB deve perfilar como um partido de oposição ao presidente Jair Bolsonaro. O volume de crimes já cometidos pelo presidente da República no dia de hoje [terça-feira] nas manifestações são mais do que suficientes para justificar os mais de 130 pedidos de impeachment que adormecem na mesa do presidente da Câmara”, disse.
Doria acompanhou as manifestações em São Paulo no centro de operações da Polícia Militar. Nas redes sociais, o governador disse que a “independência só é plena quando há respeito às Leis, à Constituição e à democracia”. “Hoje, os gestos, seguidos de palavras do presidente da República, foram de afrontamento à Constituição, de descumprimento da Constituição, incitamento à violência e ameaça ao Supremo Tribunal Federal. Portanto, passível daquilo que ao Congresso Nacional caberá julgar e reagir”, afirmou. Quem também defendeu o impeachment do presidente foi o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Segundo ele, “foi um erro colocar Bolsonaro no poder e está cada vez mais claro que é um erro mantê-lo lá”.
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