Após quatro meses afastado, o prefeito de Mata Grande, Erivaldo de Melo Lima, mais conhecido como Erivaldo Mandú (PP), reassumiu o cargo esta semana, após decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), em caráter liminar. Ele estava afastado desde dezembro do ano passado, quando foi preso acusado de participar de um esquema de pagamento de propina a vereadores da cidade.
No retorno ao cargo, Mandú disse, por meio de sua assessoria, que encontrou a prefeitura “devastada”. Nesse período, quem o substituiu no comando do Pode Executivo Municipal foi o vice-prefeito Franklin Lou, que é seu rival político na cidade.
Segundo uma nota encaminhada pela assessoria de Mandú ao Correio Notícia, nesta sexta-feira (20), ao retornar para a prefeitura, ele encontrou “móveis quebrados, documentos espalhados pelo chão, os mais importantes foram levados a pedido do vice-prefeito Franklin Lou e de integrantes da família Brandão, que continuam foragidos da Justiça”.
A nota diz ainda que o prefeito mandou registrar um boletim de ocorrência (B.O.), feito na delegacia da cidade relatando o caos encontrado na prefeitura. No B.O., foi relatado o extravio de documentos importantes do ano 2018, computadores e objetos.
“No hospital da cidade, faltam medicamentos e a última compra de remédios foi feita ainda na gestão de Mandú, no ano passado. Não existem sequer gaze e esparadrapo na unidade de saúde. Nas escolas também faltam merenda de qualidade, prejudicando os trabalhos na rede municipal de ensino”, salienta a nota.
“O Ministério Público Estadual (MPE) já foi informado para apurar o extravio dos documentos que comprometem o trabalho do Executivo”, informa o comunicado do prefeito. Uma foto do B.O. pode ser conferida na galeria abaixo da matéria, onde estão também outra fotos enviadas pela assessoria.
Ainda na sede da Prefeitura, diz o comunicado de Mandú, foram encontradas notas direcionadas à avó do vice-prefeito, Franklin Lou, que esteve no cargo interinamente no lugar do prefeito afastado.
“Encontramos o município em estado de calamidade, não tem como funcionar nada. Não sabemos quais são os fornecedores, funcionários, nenhum contrato jurídico ou físico foi deixado, afinal nada foi deixado. Na verdade, encontramos uma verdadeira bagunça na prefeitura. Já denunciamos tudo na delegacia e acionamos os órgãos para apurar essa situação lamentável”, disse o prefeito Erivaldo Mandú.
“Ao retornar ao cargo, ele foi levado até a igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição e ao Santuário de Santa Teresinha pela população. Juntos agradeceram a Deus e pediram para que a acusações falsas sejam verdadeiramente esclarecidas e que consiga administrar o município com sabedoria”, finaliza o comunicado.
Utilize o formulário abaixo para comentar.