Em dois telefonemas nos últimos dias, o futuro ministro da fazenda Fernando Haddad (PT) explicitou o desejo de ter o senador eleito Renan Filho (MDB-AL) para ser o futuro ministro do Planejamento e deixou claro que os dois fariam uma ótima dobradinha.
Nos últimos dias, o que caciques do PT e MDB tem discutido é que o senador eleito recebeu bem o convite para integrar o núcleo duro do governo. No entanto, Renan Filho avisou que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva teria que convencer a bancada do MDB no Senado, pois, a princípio, o grupo ficaria com um ministério de alguma atividade fim como, por exemplo, Integração Nacional, Cidades ou Minas e Energia.
Haddad ouviu de Renan Filho que o Ministério do Planejamento não seria uma pasta que estava nos planos do MDB, mas o senador eleito considerou um bom desafio, desde que a pasta não se esvazie. No governo Bolsonaro, ela fazia parte do superministério da Economia.
Com a gestão fiscal exitosa durante os oito anos à frente do governo de Alagoas, Renan Filho demonstrou disposição para ganhar protagonismo em um cargo de projeção nacional.
Para interlocutores de Haddad, o senador eleito ainda poderia contribuir muito com o diálogo com o Congresso Nacional já que vai precisar de muita interlocução para aprovar, por exemplo, a Reforma Tributária.
Agora, a expectativa é que Lula converse com integrantes da bancada do MDB do Senado para que Renan Filho possa assumir a pasta. Isso também ajuda Lula a fazer uma distribuição melhor dos ministérios com outros partidos e, assim, garantir governabilidade no Congresso.
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