Na tarde desta quinta-feira (13) o Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgou, em sessão extraordinária, o afastamento do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB). O pedido foi feito pela ministra Laurita Vaz, que solicitou o afastamento do político. O prazo inicial solicitado pela relatora foi de 180 dias.
O colegiado decidiu manter o afastamento do governador do cargo. Ao todo 10 ministros votaram com a relatora e dois contra o afastamento. No julgamento ficou definido que o governador deve ficar distante do cargo até o dia 31 de dezembro deste ano. A ministra relatora utilizou quase duas horas para arguição da sustentação.
Nas palavras dela, após intensa investigação da Operação Edema, que realizou buscas e apreensão na última terça-feira (11) em várias localidade de Alagoas, chegou-se ao resultado de uma Organização Criminosa responsável por vários crimes.
Após a decisão, o governador Paulo Dantas utilizou veículos de comunicação e disse que está sendo vítima de uma perseguição política, que segundo ele, é orquestrado por Rodrigo Cunha (UB) e o deputado federal Arthur Lira.
A ministra que deu a decisão, repudiou as informações de interferência política. “A Polícia Federal (PF) realizou diligência, na última terça-feira (11), para dar lisura às investigações”, afirmou.
Laurita enfatizou que existe uma organização criminosa no estado de Alagoas. As investigações, de acordo com ela, se deram através de denúncia anônima. “Os saques eram realizados em espécie nas primeiras horas da manhã. Eles eram de quantias pequenas, mas somados, ultrapassam milhões de reais”, reiterou.
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