Um impasse entre a gestão municipal de Belo Monte e os vereadores de oposição do município, fez com que moradores realizassem um protesto contra projeto que visa comprometer serviços essenciais.
No primeiro mandato de gestor, Dalmo Augusto de Almeida Junior, o ‘Dalminho, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), assistiu à Casa Legislativa aprovar a o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA), exercício de 2022, onde limita o Executivo de suplementação orçamentária e impossibilita a prefeitura de remanejar, transferir e transpor recursos.
O vereador Sebastião Gomes de Oliveira, conhecido como ‘Bião’, (PTB), eleito como base governista e depois foi para oposição, divulgou um vídeo dizendo que o município solicitou à Câmara um excedente de 40% sobre o orçamento. Nas palavras dele, a gestão teria gastado o dinheiro referente ao orçamento deste ano, ao qual, ainda segundo o vereador, teria sido usado de forma indevida.
Em resposta ao vídeo, o prefeito rebateu as críticas e explicou o real motivo que o município está enfrentando. “É muito ruim quando você passa uma informação falsa para a sociedade. Enviei o projeto da LOA de 2022 à Câmara e numa sessão que ocorreu em 04 de março, os vetos foram encaminhados ao órgão, mostrando que as emendas solicitadas pelos vereadores, nós não poderíamos acatar, tendo em vista que iria chegar a atual situação em que se encontra o município, que é zero de suplementação e assim, não conseguimos transpor, remanejar e fazer com que o orçamento se execute de fato”, explicou o prefeito.
Dalminho relatou que com isso, setores municipais estão paralisados. “Alguns serviços não temos mais condições de continuar, tendo em vista que o orçamento está sujeito a essa situação. Alguns dos nossos alunos não estão mais indo para as escolas porque não temos frota suficiente para alimentar as rotas e precisamos locar alguns carros para que o alunado se desloque para as unidades de ensino. Infelizmente é dura essa realidade. Desejo que tenhamos respeito e independência entre os poderes, para trabalhar com harmonia” explanou o gestor.
Em outra fala, ele explicitou que os advogados da gestão conversaram com os parlamentares, mas não obtiveram sucesso, tendo em vista que a bancada de oposição é maioria no município. “Para que todos saibam, nosso corpo jurídico tentou mostrar à Câmara que algumas emendas propostas pelos vereadores não poderiam ser consideradas. Mas em tudo que tentamos fomos ignorados e fomos derrotados por 5 a 3. Deixo claro que não estou pedindo dinheiro e sim flexibilidade no orçamento para manter os serviços essenciais funcionando”, pontuou o prefeito de Belo Monte.
Indignados com a atual situação enfrentada pelo município, um grupo de servidores e moradores da cidade foram às ruas, com faixas e cartazes e se mostraram insatisfeitos com o caos que tem se instalado. Eles também pediram para que os vereadores analisem as decisões e contribuam com o desenvolvimento e o bem coletivo.
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