A Executiva Nacional do Patriota aprovou, de forma simbólica, nesta segunda-feira (14.) mudanças no estatuto nacional do partido. As alterações viabilizam a filiação do presidente Jair Bolsonaro a partir de ajustes no Conselho Político Partidário.
O senador Flávio Bolsonaro, que se filiou ao Patriota em 26 de maio, participou da convenção ao lado do ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e advogado de Bolsonaro, Admar Gonzaga.
O encontro desta 2ª feira buscou amenizar um racha que se instalou no Patriota nos últimos dias. Grupo liderado pelo 1º vice-presidente da sigla, Ovasco Roma Altimari, entrou com um requerimento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 31 de maio contra decisões do presidente Adilson Barroso. Roma afirmou que o presidente da sigla descumpriu a convenção do partido e impôs mudanças para abrigar Jair Bolsonaro e seus filhos na legenda.
A ala opositora, porém, não participou da reunião desta 2ª feira. Foi representada apenas por 1 integrante, que não votou favoravelmente às alterações.
“O presidente [Bolsonaro] só vem [para o Patriota] se por acaso puder confiar no partido também”, disse o dirigente da sigla no início da convenção.
Sobre a as alterações no estatuto exigidas por Bolsonaro, Adilson disse estar pronto para “dividir o doce de leite em 10”.
“O presidente Bolsonaro quer, ele já manifestou intenção de vir para o Patriota, mas ele quer vir com a segurança jurídica, com a tranquilidade de que ele não vai precisar se preocupar com a questão partidária”, disse o senador.
O advogado Admar Gonzaga disse que “o desejo de uma maioria não pode ser impedido por uma minoria que talvez tenha outros interesses que não o da maioria”. Afirmou que foi à convenção para conduzir um encontro “ordeiro dentro das normas estatutárias”.
PRTB AINDA TENTA
Com o racha no Patriota, dirigentes do PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro) voltaram a procurar o presidente Jair Bolsonaro para negociar sua possível filiação ao partido. As tratativas haviam travado em maio, depois de a presidente nacional da sigla, Aldineia Fidelix, discordar das condições estabelecidas pelo chefe do Executivo para comandar o partido.
O partido fundado por Levy Fidelix –que morreu em 22 de abril, vítima de covid–, porém, decidiu fazer uma contraproposta para atender às condições exigidas pelo presidente.
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