O ex-chefe de gabinete do município de Água Branca Paulo Campos (PMDB) ingressou, nesta segunda-feira (9), com uma ação na Justiça Eleitoral pedindo a cassação do mandato do prefeito Zé Carlos (PSDB) e do vice-prefeito Maciel Coito (PV).
Na Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME), o peemedebista alega que foi prejudicado durante a disputa eleitoral porque uma comunidade indígena proibiu a entrada dele, mas permitiu que seu adversário tucano realizasse reuniões no local.
Conforme a ação, a entrada de Zé Carlos foi facilitada pelo então candidato a vereador Toinho Coito (PV), que é integrante da equipe de saúde da referida aldeia indígena, e pelo candidato a vice-prefeito da mesma coligação, Maciel Coito, que também faria parte da aldeia.
Ainda de acordo com o processo, com o apoio de Maciel e Toinho, Zé Carlos realizou duas reuniões políticas com os índios, dentro de um posto de saúde da comunidade, onde expôs suas propostas e fez campanha política.
Conforme a Ação de Impugnação de Mandato Eletivo, em nenhum momento foi dada oportunidade igual a Paulo Campos, que, pelo contrário, teria sido proibido de realizar qualquer conversa com o referido povo indígena.
Ainda na AIME, o ex-chefe de gabinete, que foi derrotado por Zé Carlos com 1.145 votos de diferença, se disse injustiçado porque, segundo ele, a situação relatada “comprometeu seriamente sua campanha, uma vez que não pôde abranger toda a população”.
Contatado pelo Correio Notícia, o prefeito Zé Carlos informou que até a noite desta segunda-feira (9) ainda não havia tomado conhecimento da referida ação e que não iria se pronunciar antes de se inteirar dela.
A reportagem também tentou contato com o vice-prefeito Maciel Coito e o suplente de vereador Toinho Coito, mas os telefones deles estavam na caixa de mensagens.
Utilize o formulário abaixo para comentar.