“O que já era precário vai ficar insustentável, porque as famílias vão ficar sem o básico para sobrevivência. Essa é mais uma omissão do Governo Federal com os municípios, porque estamos em um momento que a seca se prolonga ainda mais. A população está sofrendo para ter acesso a água. Estamos em uma condição difícil para sobrevivência, com a grande inflação, com o aumento do gás e da cesta básica. Com isso, nós fazemos um apelo para que o Ministério do Desenvolvimento Regional continue a aportar recursos para a continuidade da Operação Pipa”, disse em vídeo divulgado nesta quarta-feira (29), no site da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), o prefeito Hugo Wanderley, que preside a entidade estadual.
A declaração veio após uma decisão do Governo Federal que levou o Exército a comunicar a AMA sobre a suspensão da Operação Carro-Pipa nos municípios localizados no semiárido nordestino, Norte de Minas Gerais e Espírito Santo, que estão em situação de emergência ou calamidade pública, devidamente reconhecidas pelo Poder Executivo.
O programa, que tem recursos do Governo Federal e distribui água potável às comunidades afetadas pela seca, conta com a cooperação entre os Ministérios do Desenvolvimento Regional (MDR) e da Defesa (MD).
Ele atende, somente em Alagoas, a 137 mil pessoas, que vivem em 600 localidades da zona rural de 42 municípios que não dispõem de abastecimento canalizado e dependem, portanto, da água de caminhões-pipa para sobreviver.
Mesmo sem citar o nome do presidente Jair Bolsonaro, Hugo Wanderley deu o recado em nome dos prefeitos, principalmente dos 42 gestores de cidades situadas no Semiárido e que estão em situação de emergência por conta da escassez de chuvas, incluindo a cidade que ele próprio comanda, Cacimbinhas.
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