O senador alagoano Benedito de Lira (PP) votou a favor da Reforma Trabalhista, nesta terça-feira (11), durante sessão no Senado Federal. Ele assumiu o mesmo posicionamento dos deputados federais alagoanos Arthur Lira (PP), filho dele, Nivaldo Albuquerque (PRP) e Pedro Vilela (PSDB), que também tinham votado a favor da matéria, quando ela passou pela Câmara Federal, em abril deste ano.
Por outro lado, os senadores Renan Calheiros (PMDB) e Fernando Collor (PTC) votaram contra a Reforma. Mesmo assim, ela foi aprovada no Senado com o seguinte placar: 50 votos favoráveis, 26 contrários e uma abstenção. Agora, a proposta segue para sanção do presidente Michel Temer (PMDB).
Ao defender o voto contra a proposta, o senador Renan Calheiros disse que ela representa o projeto de um governo acabado, que está no fim, e, diante disso, o Senado precisaria reagir, sobretudo, ouvindo as ruas. "Este governo está no fim. Parece morto, sangrando, sendo fatiado pelo açougueiro. E o Senado não pode fazer de conta que não está vendo isso", frisou.
"A verdade é que a imposição desta reforma terá somente um efeito: a volta do clima de intranquilidade da classe trabalhadora. Uma intranquilidade que se voltará, paulatinamente, contra o próprio Estado brasileiro. É esta a cena que precisa ser enxergada; é este o cenário que precisa ser descrito e o futuro inovador que precisa se antever”, acrescentou o senador Fernando Collor.
Já o senador Benedito de Lira defendeu o voto favorável: "É uma incoerência e inconsequência dizer que lei ordinária revoga Constituição. Isso não existe. É isso que estão apontado por aí nas discussões realizadas. Manter a legislação nos moldes atuais é egoísmo de uma minoria que está protegida por ela. Diante de tudo o que foi discutido, precisamos pensar nos mais pobres", ressaltou.
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