O senador Rodrigo Cunha (PSDB) declarou que apoia o Projeto de Lei (PL) 2564, de autoria do senador Fabiano Contarato e de relatoria da senadora Zenaide Maia, a respeito da criação de um piso salarial nacional para enfermeiros e técnicos de enfermagem e estabelecimento de uma jornada de trabalho que a categoria considera digna.
A afirmação do senador foi feita durante entrevista na Rádio Correio FM, em Delmiro Gouveia, nesta quarta-feira (21). Segundo ele, o projeto é “importantíssimo”.
“Agora na pandemia deixou claro para muita gente a importância que um enfermeiro tem. É uma profissão que merece ter um reconhecimento. Hoje temos desvalorização da categoria. Mas o projeto conta com meu apoio incondicional. A turma da enfermagem sabe que pode contar diretamente com meu apoio”, destacou o senador, em entrevista ao jornalista Jota Silva, apresentador do programa Tribuna Popular.
A proposta que tramita no Senado fixa piso salarial de R$ 7.315,00 para enfermeiros, R$ 5.120,50 para técnicos e R$ 3.657,50 para auxiliares e parteiras, valores correspondentes a uma jornada de 30 horas semanais de trabalho.
Por outro lado, as corporações donas de hospitais e de planos de saúde enviaram um ofício ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para tentar impedir a votação do projeto, alegando que estão em dificuldades financeiras e que são incapazes de pagar um piso salarial justo para seus empregados.
“Não obstante, isso é mentira. Os planos e hospitais privados estão lucrando como nunca. De acordo com dados da ANS, considerando apenas os primeiros 9 meses de 2020, as operadoras tiveram lucro líquido de R$ 15 bilhões e o grupo formado pelos 122 maiores hospitais privados do país encerraram o ano passado com lucro líquido de R$ 30,6 bilhões”, afirma o Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren), em texto publicado em seu site no dia 15 de abril deste ano.
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