O Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) decidiu, nesta sexta-feira (12), cassar os diplomas do prefeito de Maribondo, Bruno Zeferino do Carmo Teixeira, e de seu vice, José Ubiratan Ferreira Nunes. Além da perda de mandato, ambos foram declarados inelegíveis por oito anos por abuso de poder econômico e político durante a pré-campanha de 2024.
Motivos da cassação
De acordo com a Justiça Eleitoral, os então candidatos promoveram eventos de grande porte antes do período oficial de campanha, como o bloco carnavalesco Maribondo 40 Graus e um Show de Prêmios no Dia das Mães. Durante essas ações, houve distribuição gratuita de camisetas, bebidas, eletrodomésticos e até de uma motocicleta.
Segundo a decisão, essas práticas representaram clara tentativa de conquistar eleitores de forma irregular, desequilibrando a disputa eleitoral e associando a imagem dos investigados a benefícios concedidos à população.
Recurso e possível nova eleição
A decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso, primeiro ao próprio TRE-AL e, posteriormente, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até que o processo seja analisado em todas as instâncias, Bruno Zeferino e José Ubiratan permanecem nos cargos.
Somente após a confirmação do julgamento pelo TSE é que poderá ser marcada uma eleição suplementar no município, caso não haja reversão da decisão.
Outros políticos também foram atingidos
Na mesma semana, outra decisão do TRE-AL declarou a ex-prefeita de Maribondo, Leopoldina Amorim, e os candidatos Jorge Antônio Amorim Marques Luz (conhecido como Jorjão) e Claudivan Florentino de Almeida inelegíveis, também por abuso de poder político.
As decisões recentes reforçam a posição da Justiça Eleitoral no combate a práticas que comprometam a lisura do processo democrático em Alagoas.
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