Está disponível na internet e sendo compartilhado nas redes sociais um vídeo que mostra um suposto pagamento de propina a vereadores de Mata Grande. Nas imagens, aparece também o prefeito afastado Erivaldo Mandu, que acompanha a situação.
Não é possível identificar quem faz a entrega dos valores, porém, estão claramente identificados os vereadores Joseval Costa e Teomar Brandão. Cada um deles recebe uma quantia em espécie e guarda consigo.
Segundo o Ministério Público Estadual (MPE/AL), esse vídeo foi um dos elementos que levou à prisão, em dezembro do ano passado, o prefeito Erivaldo Mandu e o vereador Joseval Costa.
O material teria sido entregue ao MPE/AL pelo ex-secretário municipal de Administração de Mata Grande, Carlos Henrique Lisboa da Silva, atualmente foragido da Justiça por envolvimento em esquema de corrupção na gestão do ex-prefeito Jacob Brandão, que também está foragido. Até 2016, Mandu era o vice-prefeito de Jacob Brandão.
O prefeito alega que foi vítima de uma manobra política “criada por pessoas que usurparam o dinheiro público e tentam a todo custo tomar posse da Prefeitura”. Os advogados deles – de Mandu e de Joseval Costa – argumentam que o referido vídeo foi gravado em 2016, quando Mandu era vice-prefeito, e, dessa forma, segundo eles, a denúncia ofertada pelo Ministério Público Estadual não retrata fatos ocorridos na gestão atual.
Na ocasião da prisão, além de Mandu e Joseval Costa, a Justiça também determinou a prisão do vereador Teomar Brandão, que aparece no vídeo, mas ele não foi localizado. O procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, esclareceu que atuou diretamente no caso porque o prefeito tem foro por prerrogativa de função.
A liberdade
Depois de oito dias presos, no dia 31 de dezembro de 2017, Mandu e Joseval Costa tiveram as prisões preventivas revogadas pelo desembargador Celyrio Adamastor Tenório Accioly, que manteve o afastamento deles dos cargos e os proibiu de frequentarem prédios da Prefeitura e da Câmara Municipal e de manterem contato com integrantes dos dois órgãos, inclusive testemunhas do caso.
Também foi determinado pelo desembargador que Mandu e Joseval sejam monitorados por meio de tornozeleira eletrônica, impedidos de se ausentarem da comarca em que residem sem prévia autorização, proibidos de frequentarem bares e casas noturnas e de ficarem fora de casa entre 20h e 7h. Os dois também são obrigados a comparecer todo dia 30 de cada mês ao relator do processo no TJ/AL. Se descumprirem qualquer uma das medidas, eles voltam para a cadeia.
Confira o vídeo abaixo.
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