A Câmara de Vereadores de Delmiro Gouveia aprovou por unanimidade de votos, na manhã desta quinta-feira (2), o Projeto de Lei de autoria do Poder Executivo Municipal que concede reajuste salarial de 10,6% aos profissionais da rede municipal de Ensino.
A votação aconteceu em meio a uma manifestação promovida pelo Núcleo Regional do Sindicato do Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), que cobra 33,24% de reajustamento. Apesar do manifesto, os vereadores Jamil Cordeiro (PSC), Geraldo Xavier (PSD), Júnior Lisboa (PSB), Kel (PSB), Gato (PSC), Casa Grande (PSD), Edna do Tatuakara (PSC) e Marcos Costa (PSC) aprovaram o projeto com “urgência urgentíssima” tramitação. Os edis Everton Rocha (SD), Wendel Emiliano (SD) e Henriqueta Cardeal (PSD) não compareceram à sessão.
Segundo a prefeita Ziane Costa (MDB), o percentual de reajuste concedido é o máximo que o Município tem condições de oferecer à categoria sem colocar em risco a gestão financeira da Secretaria Municipal de Educação, visto que o reajuste cobrado comprometeria em 70,9% o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
“Após vários estudos realizados e apresentados ao Sinteal, chegamos ao reajuste de 10,6% para a categoria da educação. Este número também havia sido apresentado pelo Sindicato por entender que qualquer valor acima disso iria comprometer as finanças da educação. Sabemos que estamos distantes do ideal, por entender a importância que existe do educador na formação da sociedade, porém, é preciso que haja um balanço na questão financeira, deixando também a possibilidade de uso de recursos para a manutenção e investimentos na rede municipal de educação”, disse a gestora.
Conforme a prefeita, o reajustamento será pago à categoria até a próxima segunda-feira (6), por meio de uma folha suplementar de pagamento.
Por outro lado, o Núcleo Regional do Sinteal diz que o projeto que concedeu o reajuste foi encaminhado à Câmara Municipal sem que houvesse um entendimento com a categoria e que será mantida a campanha por um percentual diferente do que foi aprovado. “Continuamos com os 33,24%, no entanto abertos ao diálogo para que possamos chegar a um percentual que não seja esse de 10%”, disse Sheila Lydiane, integrante do Núcleo Regional do Sinteal.
Sobre o projeto aprovado, Sheila disse que o sindicato vai à Justiça para tentar derrubar a aprovação. “Deixamos isso bem claro aos vereadores porque foi aprovado sem que um dos presidentes de comissão estivesse presente”, explicou.
Ainda de acordo com a sindicalista, foi deliberado em uma assembleia geral realizada pelo Sinteal nesta quarta-feira (1) que a categoria realizará algumas manifestações ao longo das próximas semanas. “Aprovamos um calendário de luta e a partir da próxima terça-feira, dia 7, vamos começar a primeira paralização de 24 horas e na segunda-feira, dia 23, teremos paralização de 24 horas, com mobilização nas ruas”, finalizou.
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