Hermes emitiu uma nota enviada à imprensa alegando nela que foi atacado pelo referido procurador de contas, que, segundo ele, reside em Brasília e ainda assim atua no MPC/AL, deixando a entender que seria ilegal a conduta do procurador.

Ainda na nota, o ex-prefeito, que também é advogado, colocou em xeque os conhecimentos jurídicos do procurador Rafael Alcântara e invocou o direito ao contraditório, justificando que é inocente até que seja provado o contrário. Desse modo, ele reforçou que não há nenhum problema em ser secretário na gestão do filho.

Em outro trecho da nota, o ex-prefeito questionou ao procurador de contas porque não teria adotado nenhuma medida a respeito do suposto desvio de recursos milionários do erário de Canapi por parte do ex-prefeito Celso Luiz, ex-aliado político de Hermes.

Sobre ter assumido ao cargo na gestão do filho Vinícius Lima (PP), Zé Hermes esclarece que o fez desde março de 2018 como conselheiro, advogado e político experiente, com a finalidade de orientar e apoiar o filho à frente da prefeitura municipal, de modo que teria abdicado de receber qualquer remuneração referente à função.

Hermes ainda utilizou a nota para alfinetar a oposição da gestão do filho, afirmando que o grupo opositor estaria inconformado com as duas derrotas consecutivas na disputa pela prefeitura e pelo fato das 11 vagas na Câmara Municipal de Vereadores terem sido ocupadas por edis pertencentes ao grupo do prefeito. “E digo mais, meu filho será candidato a deputado”, emendou o ex-prefeito.

A reportagem tentou um pronunciamento do MPC/AL a respeito das alegações do ex-prefeito, mas a assessoria de comunicação do órgão ministerial informou que somente na segunda-feira (8) dará um retorno sobre o caso.

Leia a nota do ex-prefeito na íntegra:

Nota de esclarecimento

O empresário, Advogado e ex-prefeito José Hermes, rebate acusações do Procurador de Contas!

Ao ler a violência como fui atacado nos últimos dias, diga-se de passagem por um procurador que sequer mora em Alagoas, pelo fato de ter assumido como descrito na Certidão em anexo, o cargo de secretário em minha amada cidade natal, esclareço que fiz como conselheiro, advogado e político experiente querendo com isso orientar e apoiar meu filho - então prefeito de Canapi, destaco como descrito na nota que ocupo o cargo desde março de 2018, e donde abiquei desde então de qualquer salário ou vantagens remuneratória que possa a oposição inconformada por 2 derrotas nas urnas consecutivas apontar, essa mesma Oposição massacrada neste último sufrágio por cerca de 70% dos votos além do nosso grupo ter vencido as 11 das 11 cadeiras disponíveis do legislativo municipal, e digo mais, meu filho será candidato a deputado e certamente assim como já tem sido como prefeito um dos mais atuantes e brilhantes da casa Tavares Bastos, restou ao procurador de contas explicar quantos procedimentos instaurou para investigar o ex-prefeito Celso Luiz apurando desvios de:

* 20 milhões de reais da previdência;
* 15 milhões do precatório do Fundef;

Procurador esquece que o ordenamento jurídico brasileiro, afirma que todos são inocentes até que se prove o contrário, restando sempre o contraditório e enquanto não findarem as instâncias e recursos tenho como qualquer cidadão exercer direitos e deveres, e assim farei, não obstante ocupar cargos públicos, ainda mais quando não recebo sequer salário pra isso, visto que como já dito, abdiquei desse direito.

Por fim, me pergunto e sei que você que lê também gostaria, que o procurador de contas, explicasse ao povo, como é morar em Brasília e trabalhar no tribunal de contas do estado de Alagoas, recebendo uma fortuna de nossos cofres?