Ziane e Carimbão falam sobre não realização do Réveillon da Paz em Delmiro Gouveia

Principal motivo seria dificuldade financeira da prefeitura para arcar com estrutura da festa

12/12/2016 01:56 12/12/2016 08:26 Jota Silva

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O deputado federal Givaldo Carimbão (PHS) explicou para o Correio Notícia, na manhã da última sexta-feira (9), o motivo do cancelamento do Réveillon da Paz nos municípios de Delmiro Gouveia e Maceió. O parlamentar foi autor de uma emenda que garantiu recursos do Ministério do Turismo para os dois eventos.

Ziane e Carimbão falam sobre não realização do Réveillon da Paz em Delmiro Gouveia

Givaldo Carimbão e Ziane Costa. Foto: Divulgação/Assesoria

“Cumpri o que prometi. O recurso foi destinado para o município de Delmiro Gouveia, no entanto, como não houve contrapartida, ele não pôde ser recebido. A prefeitura precisava arcar com a estrutura da festa, mas, por falta de condições financeiras, a gestão informou que optou por não comprometer a folha de pagamento do funcionalismo e dos fornecedores”, explicou o deputado federal.

Ainda de acordo com o parlamentar, o Réveillon da Paz que seria realizado em Maceió também foi cancelado. “No caso da capital, o motivo foi outro. A organização do evento queria contratar bandas que não condiziam com o que estava em meu projeto, que era a contratação de atrações como padre Antônio Maria e outras do gênero”, esclareceu.

A vice-prefeita de Delmiro Gouveia, Ziane Costa (PMDB), explicou para a reportagem que o recurso retornou porque não havia como atender às exigências. “Era obrigatório que gastássemos 70 mil com a publicidade da festa e que, com os R$ 230 mil restantes, contratássemos pelo menos uma banda do município, uma nacional e outra estadual. Poderíamos colocar várias bandas, a depender do valor do cachê, mas esses não eram os únicos critérios”, explicou.

“O município teria que entrar com uma contrapartida para bancar a estrutura da festa, que seria realizada em apenas um dia. Teríamos que arcar com palco, som, banheiros químicos e barracas com recursos próprios, o que diante de nossa realidade financeira não existe viabilidade. Se pelo menos pudéssemos utilizar parte dos 70 mil destinados para publicidade, mas isso não foi permitido”, continuou explicando a vice-prefeita.

Ziane esclareceu ainda que, além dos critérios de como o recurso deveria ser gasto, o município teria que comprovar que nos últimos três anos realizou festa de virada de ano. “Só por conta disso já não poderíamos receber o recurso, porque não iríamos mentir. Realizamos réveillon, mas não nos três últimos anos consecutivamente”, disse.

A vice-prefeita concluiu afirmando que “a gestão gostaria de realizar uma grande festa de virada de ano, mas que o município não dispõe de recursos. Como temos feito nos últimos anos, trocamos algumas festas pela folha de pagamento do funcionalismo e dos fornecedores em dia”.