A votação do primeiro turno das eleições 2022 definiu a composição do Congresso pelos próximos quatro anos. Além dos 513 deputados federais, que permanecerão na Casa até 2026, foram eleitos 27 senadores que ficarão oito anos em seus cargos. O resultado foi visto como positivo pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e por seus apoiadores, uma vez que seu partido terá as maiores bancadas na Câmara dos Deputados e no Senado. Além disso, diversos políticos de outros partidos que apoiam Bolsonaro também foram eleitos. Com isso, caso vença Lula (PT), Bolsonaro terá apoio da maioria do Congresso. Em entrevista o deputado reeleito Lincoln Portela (PL-MG) analisou a nova configuração do Congresso, dizendo que o alinhamento com o presidente, em caso de vitória de Bolsonaro, poderá dar celeridade ao processo de aprovação de reformas. “O alinhamento é fundamental para que as discussões sejam céleres e tenhamos um avanço nas matérias. É muito ruim quando temos um governo que faz um tipo de controle dentro da Câmara ou do Senado através de alguns argumentos ou ações em que isso acaba trazendo um certo fisiologismo. É importante que tenhamos um governo alinhado com a Câmara dos Deputados e é claro que a oposição tem o seu papel, aqueles que pensam de maneira diferentes devem ser ouvidos. Assim é a democracia verdadeira. Ela não vem com o grito e sim com a democracia. […] Se estivermos alinhados com o atual presidente da República, certamente teremos uma celeridade maior em reformas e projetos importantes para o Brasil”, disse Portela.
Em outro momento, o parlamentar comentou sobre a possibilidade do avanço das reformas nessa nova configuração do Congresso, destacando os cuidados com determinados setores e garantiu que a Câmara terá pautas importantes na educação e na saúde. “Eu acho até interessante a questão da reforma política. Todo ano nós falamos da reforma política e ela acaba sendo feita de maneira fatiada. Não paramos para realizar uma reforma política como um todo. Ou seja, de dois em dois anos, de quatro em quatro anos, nós percebemos mini reformas políticas. Isso não é bom. O momento é de pararmos e não fazermos nada de maneira soldada, mas tenhamos uma reforma política bem coerente. Em relação à reforma administrativa, ela deve ser feita com um cuidado especial, principalmente na área da segurança pública, que tem um certo desafio em relação à reforma administrativa. A reforma tributária precisa dar prosseguimento. Assim, por certo, teremos uma Câmara melhor, com pauta importantes também na área da educação e da saúde”, concluiu.
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