Marcos Costa não é um novato no cenário eleitoral. Em 2004, foi lançado candidato a prefeito com o apoio do então gestor Lula Cabeleira, mas acabou derrotado pelo radialista Marcelo Lima. Quatro anos depois, em 2008, iniciou sua trajetória legislativa, sendo eleito vereador pela primeira vez. Desde então, já soma cinco mandatos consecutivos e, no pleito mais recente, conquistou 1.850 votos, sendo eleito novamente pelo MDB.

A sucessão de Ziane Costa começa a movimentar os bastidores. Além de Marcos, também aparecem como opções dentro do grupo governista a vereadora Edna do Tatuakara (MDB) e Neto Costa, sobrinho da prefeita. Do outro lado, na oposição, o cenário segue incerto: Padre Eraldo permanece inelegível; o vereador Renato Torres (PT) demonstra foco no atual mandato e não considera prioridade disputar a prefeitura; já o empresário Cristóvão Lopes, que enfrentou Ziane nas últimas eleições, não manifesta interesse em ser candidato outra vez.

Na prática, nem situação nem oposição possuem hoje um “nome natural” para a sucessão. O grupo dos Costa, contudo, aposta na força eleitoral da atual prefeita, que conquistou uma votação histórica de 83,31% dos votos válidos em 2024. Para os governistas, esse resultado garante musculatura suficiente para eleger um sucessor ou sucessora, independentemente de quem seja o escolhido.

Já na oposição, a avaliação é de que será necessário apresentar um nome novo, com a eloquência de Padre Eraldo, a perspicácia de Renato Torres e a experiência de outros quadros do campo oposicionista, a fim de tentar romper a hegemonia política consolidada pelo grupo de Ziane Costa.

Com quatro anos pela frente, o xadrez político de Delmiro Gouveia começa a se desenhar, e a entrevista de Marcos Costa é o primeiro movimento público que sinaliza a disputa sucessória que virá em 2028.