Os servidores da Educação deram, nesta segunda-feira (14), a prova definitiva de que não confiam na gestão do prefeito de Delmiro Gouveia, Padre Eraldo. Rejeitaram a proposta de reajuste oferecida por ele de 4%, dividida em duas vezes. O que mais impressiona é a quantidade de votos obtida pela proposta do governo: 14 votos.
Como isso aconteceu? Nem mesmo o gesto do prefeito Eraldo em assinar a lei que estabelece a gestão democrática mudou sua relação com a categoria de modo geral e com seus comissionados da Secretaria Municipal de Educação, que deram a ele um atestado de desconfiança. Como explicar os 14 votos? Só comissionados na Educação tem pelo menos três vezes esse número.
Tal situação revelou a total falta de controle do secretário municipal de Educação, Fabrício Bitencourt, sobre seus próprios subordinados. Engraçado, mas não surpreendente. O atual secretário de Educação é questionado desde sua nomeação e considerado por muitos segmentos da cidade um grande embaraço que não reúne as condições necessárias para ocupar o cargo.
As desconfianças iniciais se confirmaram na assembleia de servidores da Educação, como já disse, na segunda-feira. O secretário Fabrício provou não ter o controle dos servidores comissionados em cargos de confiança. Esses 14 votos revelam total descontrole e sintonia entre o responsável pela pasta da Educação e sua equipe, além, é claro, da total ausência de autoridade decisória.
O prefeito Padre Eraldo sofre uma derrota grave com seu secretário de Educação. Vexame, essa é apalavra que define o que aconteceu na segunda-feira na assembleia dos servidores da Educação. Sem apoio da própria base, o secretário Fabrício sai totalmente desgastado e com imagem de que não comanda sua pasta. Fato público e notório agora. Terá ele condições de lidar com situação de crise? O fato em discussão mostrou que não.
A Secretaria Municipal de Educação está sem liderança. Não convence nem sua própria base de que está trilhando o caminho certo. De dentro da própria Secretaria, o voto contrário à proposta de 4% de reajuste do governo ascende um alerta em forma de placa luminosa com o seguinte letreiro: NÃO CONFIAMOS TOTALMENTE NESSE MODELO DE GESTÃO.
Na referida Secretaria, cada um trilha seu próprio caminho, faz o que bem entende. Falta liderança. Quem dá a palavra final? Até agora ficou provado que ninguém sabe.
Mas, na manhã desta quinta-feira (17), haverá uma nova oportunidade do secretário Fabrício mostrar liderança. É que o Núcleo Regional do Sinteal agendou para esta data uma assembleia, onde será realizada uma nova discussão a respeito do reajustamento.
Na assembleia realizada na segunda-feira, o Sinteal fez três contrapropostas e uma delas foi aprovada por unanimidade pela categoria, propondo o reajustamento de 5%, sendo 2% em agosto, 2% em novembro e mais 1% em dezembro do ano corrente. Agora é aguardar a reunião dessa quinta-feira para saber que rumos a Educação tomará em Delmiro Gouveia.
E você, acha que falta liderança do secretário de Educação na discussão com a categoria? Comente abaixo.
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