O deputado estadual e candidato ao Senado Rodrigo Cunha (PSDB) afirmou, nesta quarta-feira (26), que algumas pessoas, ao invés de estarem ao lado dele, deveriam estar na cadeia. A declaração foi dada durante entrevista ao programa Tribuna Popular, da Rádio Correio FM, em Delmiro Gouveia.
O apresentador do programa, jornalista Jota Silva, citou que o PSDB, partido ao qual Cunha está filiado, está na oposição, lançou um candidato ao governo (Fernando Collor) ao qual ele não declarou apoio, tem outro candidato ao Senado (Benedito de Lira) para o qual Cunha também não declarou apoio, não pede votos para ele nem o contrário, e que a oposição agora tem outro candidato ao governo (Pinto de Luna) para o qual Rodrigo Cunha também não declarou apoio, apesar do apoio dado pelo PSDB. O jornalista questionou se esse novo candidato também seria uma "política velha".
“A minha história não permite que eu colabore para a eleição de quem não me representa. Alguns, em vez de estarem ao meu lado, deveriam estar era na cadeia. Não vou tirar uma foto com pessoas apenas para ser eleito, para querer um cargo político. A busca por um cargo político tirou o que eu tinha de mais importante em minha vida, que era meu pai e minha mãe”, respondeu o candidato.
Cunha também afirmou que ainda não conversou com o novo postulante ao governo que tem o apoio de seu partido e que não sabe quais são as intenções dele nem por qual motivo ele aceitou o convite para ser candidato. Pinto de Luna foi lançado candidato ao governo pela oposição após a desistência de Fernando Collor.
“Meus princípios são inegociáveis. Não sou melhor que ninguém, mas sou diferente. Não peço votos para as pessoas que não me representam”, completou Rodrigo Cunha, que é filho da ex-deputada Ceci Cunha, a qual, em 1998, após ter sido diplomada pelo TRE/AL, foi assassinada numa chacina, em Maceió, que também vitimou o marido dela e pai de Rodrigo Cunha.
“Não jogo minha história de vida no lixo para ter um cargo político. Não estou pedindo voto para nenhum candidato ao Senado, não peço votos para os candidatos ao governo”, salientou durante a entrevista.
“Não vote em quem vai lhe dar dinheiro ou fazer favor agora nesse período. Se eu tivesse rabo preso, eu não seria candidato ao Senado. Na semana das convenções, tentaram puxar meu tapete, fizeram o que foi possível para evitar minha candidatura”, emendou Cunha.
“O que eu falo hoje atinge 150 mil pessoas (pelas redes sociais). Ninguém me cala hoje. Coragem não é bater na mesa, falar alto e dar tiro pra cima. É ter atitude para combater o que está errado. Eu jamais irei permitir isso”, ressaltou o candidato.
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