Bolsonaristas espancaram a servidora pública Paula Pinheiro Ramos Pessoa Guerra, 37 anos, na noite deste domingo (7), num bar no bairro do Arruda, Zona Norte do Recife, após a servidora criticar o candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL).
Com hematomas no rosto e escoriações em todo o corpo, Paula teve de ser socorrida e levada ao hospital. Ela fraturou o rádio e teve de ser submetida a uma cirurgia na própria noite de domingo.
Conforme reportagem da Folha, Paula usava adesivos do candidato Ciro Gomes (PDT) e da candidata ao governo de Pernambuco Dani Portela (Psol), além de bottons com as frases “ele não” e “lute como uma garota”.
“Fui ao bar, que frequento há muito tempo, para acompanhar a apuração. Gosto muito de política. Antes da confusão, chegamos a conversar com eleitores de Bolsonaro normalmente”, conta Paula, que é servidora pública da Fundação Joaquim Nabuco.
Segundo relata, a conversa passou para um tom mais agressivo e violento, com os apoiadores de Bolsonaro proferindo declarações machistas, misóginas e sexistas.
“Foi tão agressivo que eu filmei com o meu celular. Depois, fui para a minha mesa. Uma mulher que estava com eles se dirigiu a mim, mandou eu levantar e já me deu um murro no rosto. Caí no chão e comecei a ser espancada. Só a mulher me agrediu. Entrei em pânico”, disse Paula.
Os garçons do bar que estavam no local e presenciaram as agressões tentaram intervir, mas foram imobilizados por três homens do grupo de bolsonaristas.
“A pessoa que estava comigo também foi imobilizada. A mulher, após várias agressões, estourou o meu celular no chão. Eu não lembro direito de tudo o que ocorreu porque fui muito agredida”, relata a servidora pública.
A vítima e a pessoa que a acompanhava tiveram que se trancar na cozinha do bar até que os agressores fossem embora.
Paula diz que irá se reunir com a secretária da Mulher do governo de Pernambuco, Silvia Maria Cordeiro, para cobrar investigação sobre o caso.
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