O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela operação Lava Jato em Curitiba (PR), afirmou nesta terça-feira que um eventual convite para o ocupar o Ministério da Justiça ou uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) será objeto de "ponderada discussão e reflexão", caso efetivamente ocorra.
Em entrevista na véspera, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que poderia convidar Moro para qualquer um dos dois cargos.
"Sobre a menção pública pelo sr. presidente eleito ao meu nome para compor o Supremo Tribunal Federal quando houver vaga ou para ser indicado para ministro da Justiça em sua gestão, apenas tenho a dizer publicamente que fico honrado com a lembrança. Caso efetivado oportunamente o convite, será objeto de ponderada discussão e reflexão", disse Moro em nota.
Interlocutores de Bolsonaro já sondaram dois cotados para ocupar a pasta da Justiça, o ex-presidente do STF Carlos Ayres Britto e a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça Eliana Calmon. Os dois disseram em entrevista à Reuters que declinam do convite e o governo eleito ainda está em busca de um nome para o ministério.
No caso do STF, a questão é diferente. Exceto se algum ministro pedir aposentadoria antes, a próxima vaga no STF será aberta somente em 2020, com a aposentadoria do decano Celso de Mello. Os ministros só são aposentados compulsoriamente aos 75 anos.
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