Tudo começou quando, em 2012, Nir Krakauer, professor de engenharia civil, e o seu pai, o médico Jesse Krakauer, desenvolveram um novo método de calcular os riscos de mortalidade associados com a obesidade abdominal. O índice foi batizado de ‘A Body Shape Index’ (ABSI) e mostrou-se mais efetivo do que o tradicional Índice de Massa Corporal (IMC) para prever o risco de doenças.
Após analisarem dados de milhares de adultos que participaram em estudos de larga escala, como o Health and Lifestyle Survey (HALS – Grã Bretanha, década de 1980) e o National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES – Estados Unidos, 1999-2004), a dupla comparou os casos de mortalidade com o ABSI, o IMC e outros índices que relacionam o peso e as circunferências da cintura e do quadril.
A partir disso, Nir e Jesse descobriram que o ABSI servia como um importante indicador de mortalidade. Notou-se que as pessoas que ocupavam a faixa superior do ABSI apresentavam um índice de mortalidade 61% maior do que aqueles que estavam na base da tabela. Esses resultados serviram como comprovação da maior eficácia do uso do ABSI para prever os riscos de mortalidade prematura em diferentes populações em comparação com os demais números que costumam ser utilizados.
Atualmente, os investigadores estão investigando se mudanças no estilo de vida ou outros tipos de intervenções poderiam reduzir o ABSI e contribuir para que as pessoas tenham uma vida mais longa.
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O estudo da dupla Krakauer foi publicado no periódico científico PLOS ONE.
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