A Petrobras informou ao mercado, no fim da noite da quinta-feira (7), que voltará à distribuição de gás de cozinha no Brasil.
O Conselho de Administração da companhia aprovou a volta da empresa à distribuição do chamado Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), quase seis anos após a privatização da Liquigás.
A empresa foi uma subsidiária da Petrobras e atua no engarrafamento, na distribuição e na comercialização do GLP em todo o país. Em 2020, a Liquigás foi comprada por um consórcio formado pela Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás.
O que diz a Petrobras
Em comunicado ao mercado, a Petrobras informou, sem dar maiores detalhes, que o conselho da estatal aprovou a estratégia de “atuar na distribuição de GLP”. Com isso, na prática, a Petrobras poderá voltar a vender diretamente ao consumidor, o que não ocorre há mais de cinco anos.
Ainda de acordo com o comunicado, a Petrobras tem o objetivo de se “integrar com demais negócios no Brasil e no mundo” e “oferecer soluções de baixo carbono para seus clientes”.
O gás de cozinha (GLP)
O GLP é composto, principalmente, por uma mistura de hidrocarbonetos, contendo de três a quatro átomos de carbono.
Embora gasoso nas Condições Normais de Temperatura e Pressão (CNTP), ele pode ser liquefeito sobre compressão ou resfriamento, o que otimiza o transporte e o armazenamento.
O gás liquefeito de petróleo pode ser produzido a partir de processos de refino ou Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGNs).
Preço do botijão irritou Lula
O preço do gás de cozinha tem sido motivo de irritação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde o início de seu terceiro mandato. Em diversos momentos, o petista fez discursos públicos criticando o que chamou de “atravessadores” do mercado de gás.
“O botijão de gás é vendido pela Petrobras às empresas por R$ 37. Não tem explicação ele chegar a R$ 120. Alguém está ganhando muito dinheiro com isso. Hoje, quatro empresas controlam 90% da distribuição de gás”, afirmou Lula, em evento recente no Mato Grosso.
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