O ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) afirmou nesta quarta-feira (6) que a assembleia de acionistas da Petrobras, marcada para 13 de abril, vai ocorrer já com os nomes indicados pelo governo para a presidência da estatal e para o comando do Conselho de Administração.
O governo ainda não escolheu os nomes. O prazo até a assembleia é curto, de uma semana. Mas Albuquerque garante que não trabalha com adiamento.
“Nunca trabalhei com outra ideia. Não podemos ficar empurrando a situação”, disse o ministro.
Sobre o processo de escolha dos novos executivos, Albuquerque afirmou que o governo está na fase de “definir o perfil dos indicados, de acordo com a conjuntura nacional”.
Dentro do governo, outras autoridades cogitaram deixar a definição do novo comando da estatal para uma nova assembleia, que poderia ser marcada para maio.
Isso porque o governo está com dificuldade em encontrar novos nomes depois da desistência dos indicados para presidir tanto o conselho de administração quanto a empresa.
Rodolfo Landim e Adriano Pires declinaram dos convites depois da possibilidade de serem barrados pela área de governança da Petrobras por eventual conflito de interesse.
Pires declarou que não conseguiria se desvincular a tempo da empresa de consultoria que comanda com o filho. Ambos teriam que deixar a companhia.
A União é controladora da Petrobras, por isso pode indicar a maior parte dos integrantes do Conselho.
O presidente Jair Bolsonaro decidiu mexer na empresa por não concordar com a política de preços da estatal. A Petrobras pratica preços de combustíveis de acordo com a variação dos valores internacionais. Com a alta do petróleo no mundo todo, os preços vêm ficando mais caros para o consumidor brasileiro. Em ano eleitoral, Bolsonaro não quer ter o desgaste de lidar com inflação de combustíveis.
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