Com ventos de 162 km/h, o tufão Trami chegou à ilha de Honshu, que é a principal do Japão, neste domingo (30). O fenômeno natural deixou 75 feridos, segundo balanço divulgado pela emissora japonesa NHK.
As autoridades emitiram alertas para fortes ventos, chuvas torrenciais, deslizamentos de terra e inundações.
Como ele seguia em direção leste, foram cancelados os serviços de trens vespertinos em Tóquio, uma das redes mais movimentadas do mundo.
O temporal deixou feridos leves na ilha de Okinawa, a primeira área afetada pela tormenta, onde os ventos alcançaram 216 km/h. Outras sete pessoas se feriram - também levemente - em Kagoshima, no sul da ilha de Kyushu, informaram autoridades.
Em Okinawa, a passagem de Trami afetou transportes de passageiros, deixou mais de 500 mil imóveis ficaram sem energia e obrigou quase 700 habitantes a buscar refúgio em abrigos.
Cerca de 1.000 voos foram cancelados após o fechamento do aeroporto de Kansai, perto de Osaka. A circulação de trens de alta velocidade foi suspensa no oeste do país.
O tufão anterior, Jebi, matou mais de 10 pessoas no início de setembro na região oeste do arquipélago, além de ter provocado vários danos materiais. Ele provocou o fechamento do aeroporto de Osaka (Kansai International Airport), construído em uma ilha artificial, depois que suas pistas foram invadidas pela água.
Dois meses antes, chuvas torrenciais provocaram inundações sem precedentes e vários casos de deslizamento de terra, que mataram 220 pessoas.
Mais de 70% do território do Japão é formado por montanhas e colinas. Muitas casas são construídas em encostas íngremes ou em áreas inundáveis, ou seja, zonas de risco.
Além disso, muitas residências japonesas são construídas com madeira, especialmente as casas tradicionais nas zonas rurais.
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